Cuiabá, Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2025
R$ 10 MI EM FRAUDE; VÍDEO
14.11.2025 | 11h00 Tamanho do texto A- A+

Ex-funcionário da Bom Futuro investiu dinheiro e se diz arrependido

Welhiton Dantas trabalhava há 10 anos na Bom Futuro e confessou crime; empresário também foi preso

Reprodução

Welliton comprou apartamento, terreno em condomínio e investiu em ações com dinheiro obtido em fraude

Welliton comprou apartamento, terreno em condomínio e investiu em ações com dinheiro obtido em fraude

LARISSA AZEVEDO
DA REDAÇÃO

Preso em flagrante suspeito de participar de um esquema de fraude de mais de R$ 10 milhões no grupo Bom Futuro, o ex-funcionário Welliton Gomes Dantas afirmou que investiu o dinheiro do esquema em apartamento, terreno, carros de luxo e em ações em um banco.

 

Existem vários tipos de erro, desde o perdoável até o não perdoável. Imagino que o meu não é perdoável

Em depoimento na Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, conduzido pelo delegado Pablo Carneiro, Dantas confessou que o esquema de fraude ocorria há cerca de dois anos por meio da emissão irregular de documentos de transporte de gado.

 

Durante este período, Welliton adquiriu um apartamento na planta no Condomínio Terrace, na frente do Parque das Águas, em Cuiabá. Ainda em um terreno de um condomínio na saída para a Guia, em dois carros, um Creta e um Volvo, ambos de 2025. 

 

Welliton também investiu mais de R$ 500 mil em ações na XP Investimentos, com os valores que recebia da fraude. 

 

Dantas disse que recebia apenas uma parcela do desvio, sendo que a maior parte ia para o empresário Vinícius de Moraes Sousa, dono da Sousa Transportes, que também foi preso pela Polícia.

 

“A gente fazia em cima da despesa. Eu tenho uma demanda de X valor por mês e ele tem a demanda dele, fazia em cima dessa demanda, não tinha um valor pré-fixado todo mês. Dentro da demanda, eu falo assim: esse mês preciso de R$ 50 mil para pagar alguma coisa, nós fazíamos em cima disso. Aí, mês que vem preciso de R$ 10, R$ 15, R$ 20. E assim na parte dele também”, explicou. 


Arrependido

 

Welliton trabalhava no Grupo Bom Futuro desde 2012 e a renda mensal era em torno de R$ 7 mil. Durante o depoimento, ele afirmou estar arrependido e entender as mágoas de seus chefes.

 

“Existem vários tipos de erro, desde o perdoável até o não perdoável. Imagino que o meu não é perdoável, vou ter que cumprir a minha sentença", disse.

 

"Queria deixar o registro aqui que independente da mágoa que, principalmente os chefes da Bom Futuro que eu tinha contato direto, vai ter comigo, realmente aprendi muito lá na parte de serviço mesmo. Lá foi o meu primeiro serviço de carteira assinada”, afirmou. 

 

Veja o vídeo:

 

 

 

O flagrante 

 

Welliton Gomes Dantas abordado pela Polícia Civil em posse de documentos, agendas e dispositivos eletrônicos relacionados às fraudes após a denúncia de uma fraude que a própria empresa identificou na última quarta-feira (12). 

 

A equipe o acompanhou até a sua residência, onde realizou a apreensão do veículo Volvo e do Creta, que estava sendo utilizado pelo conduzido no momento da abordagem, além de documentos e materiais diversos.

 

Após a prisão do funcionário em Cuiabá, a equipe da Delegacia de Estelionato acionou os policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Barra do Garças deslocou a até a residência do empresário Vinícius de Moraes Sousa, na região central do município, sendo também realizada a sua prisão em flagrante.

 

O esquema 

 

Para praticar a fraude, o Welliton simulava serviços de transporte de gado supostamente realizados pela empresa de Vinícius, mas que haviam sido executados por caminhões próprios do grupo empresarial, gerando fretes que nunca existiram.

 

Welliton era responsável por autorizar os pagamentos de notas de Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), emitidas pela empresa de Vinícius. Dessa forma, o Grupo Bom Futuro pagava por prestações de serviço que nunca foram realizadas. 

 

A Sousa Transportes realizava também serviços de forma legal na empresa, o que dificultava a percepção das fraudes por outros funcionários e administração. 

 

Welliton afirmou em seu depoimento que o esquema era realizado apenas por ele e pelo empresário, não envolvendo outros funcionários. 

 

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