Cuiabá, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2025
VILA RICA
01.10.2018 | 15h54 Tamanho do texto A- A+

Homem invade Fórum, atira em juiz e é morto por policiais militares

Crime aconteceu na tarde desta segunda-feira (1º); é o quarto caso de ataque ou ameaça a magistrado

Alair Ribeiro/MidiaNews/Montagem

O juiz  Carlos Eduardo de Moraes de Silva (no detalhe)

O juiz Carlos Eduardo de Moraes de Silva (no detalhe)

JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO

Um homem de identidade ainda não informada foi morto por policiais militares na tarde desta segunda-feira (1º), após atirar contra o juiz Carlos Eduardo de Moraes de Silva, da Vara Única de Vila Rica (1279 km de Cuiabá).

 

Segundo informações preliminares, o homem disparou contra um dos braços do magistrado e imediatamente foi baleado pelos guardas do Fórum.

 

Conforme a Polícia Militar da cidade, o caso aconteceu por volta das 15h30, dentro da sala de audiência.

 

Uma testemunha que trabalha na frente da sala do juiz contou que todos ficaram em pânico com a situação.

 

“Foi um pânico. O cara era réu e queria que o juiz marcaasse o júri dele. Ele entrou em luta corporal e ele estava armado. Só que tinha uma policial civil que estava com outro réu aguardando para entrar em audiência de custódia. A policial, junto com os guardas [do Fórum], tentou render, mas ele ainda atirou. Foi um pânico, foi muito assustador. A minha sala é em frente à sala do Juizado. Corri para sala do conciliador e me agachei", disse.

 

Este é o quarto caso de ataque ou ameaça a magistrados de Mato Grosso no intervalo de pouco mais de um mês. Na semana passada, o juiz Jorge Hassib Ibrahim, de Paranatinga (a 536 km de Cuiabá), foi agredido com um soco pelo advogado Homero Nedel.

 

Por telefone, a reportagem conversou com uma funcionária do Fórum. Ela afirmou que todos estão bastante assustados no prédio, que foi fechado e as audiências marcadas para hoje suspensas.

 

"Eu ouvi os tiros. Aqui, todos ouviram os tiros, o prédio é pequeno. Foi uma grande correria", relatou a servidora, que não quis se identificar. 

 

O crime foi presenciado pelo promotor da cidade Eduardo Zaque, que também participava da audiência quando aconteceu a invasão. 

 

A reportagem tentou contato com Zaque, mas a Promotoria de Justiça informou que ele estava no Hospital da cidade, acompanhando o atendimento ao juiz. 

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COMENTÁRIOS
13 Comentário(s).

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Vélsio de Sousa Matos  03.10.18 12h32
Realmente o sistema de segurança nestas instituições judiciárias é fraco. Todos ficam expostos aos riscos como o ocorrido. O TJ deve reexaminar a questão e investir em sistemas sofisticados de segurança.
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aliandro  02.10.18 11h34
Tem muita gente falando besteira que policial não pode entrar armado em fórum, mas se não tivesse ninguém armado lá, certamente esse juiz teria sido morto. são os riscos que a profissão carrega. tem que ter detector de metal para as pessoas que irão participar de audiências ou querem conversar com juízes, mas policiais devem está armados sempre.
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Emerson  02.10.18 07h19
Esse acontecimento é o reflexo dessas leis brandas que o os próprios magistrados aplicam. Isso é o reflexo da ineficiência das leis atuais. As leis não são severas e isso o criminoso sabe, sabe porque ele não é repreendido da forma de deveria ser e, consequentemente, causa atitudes como essa, um criminoso de afrontar um juiz que representa o Estado e compõem uma das autoridades estaduais. Revoltante isso. O Estado não pode ficar inerte de dessa situação. E já desabafo: É justamente isso que o cidadão comum passa todos os dias até dentro das suas próprias casas.
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Massaharu  02.10.18 01h08
Incrível que tem pessoas que não leem a matéria e comenta so besteira. Pra falar a verdade é obrigação de todo o fórum ter detector de metal o problema que não funciona ja fui varias vezes no fórum de cuiabá entrei e sai varias vezes sem passar por um detector de metal ou raio x. Fato é que ninguém está seguro no fórum isso é óbvio.
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Arnaldo Leite Albquerque  01.10.18 22h14
Isso é o que o teto dos gastos provoca, o Poder Judiciário não pode contratar porque aumenta despesa, enquanto os poucos trabalhadores que toca o Poder Judiciário ainda serem acusado de ficar lixando unha, um total desrespeito tanto com quem ali presta seus oficios como com aqueles que aguardam angustiados pelas soluções de seus problemas, nos tornando ao mesmo tempo vitimas e réus.
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