Cuiabá, Sexta-Feira, 20 de Junho de 2025
TRIBUNAL DO CRIME
05.05.2025 | 17h06 Tamanho do texto A- A+

Jovem é sequestrada por facção e torturada com 50 chibatadas

Vítima foi sequestrada duas vezes e obrigada a gravar vídeo "inocentando" agressores

Reprodução

Mulher foi até delegacia de polícia de Sorriso após ser brutalmente agredida (em detalhe)

Mulher foi até delegacia de polícia de Sorriso após ser brutalmente agredida (em detalhe)

ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

Uma jovem de 23 anos procurou ajuda na delegacia da Polícia Civil de Sorriso, no último domingo (04), após ser sequestrada e torturada com ao menos 50 chibatadas por membros de uma facção criminosa que atua no município.

 

Segundo o delegado Bruno França, a vítima já havia sido resgatada de um cativeiro na sexta-feira (02), após ser sequestrada por integrantes da mesma organização. Na ocasião, três pessoas foram presas em flagrante.

 

Apesar do resgate, a jovem foi novamente sequestrada e submetida a sessões de tortura. Durante a agressão, foi obrigada a gravar um vídeo se retratando, com o objetivo de inocentar os criminosos presos anteriormente.

 

“Fomos surpreendidos pela presença dessa moça aqui na delegacia durante o fim de semana. Ela relatou ter sido novamente capturada a mando dos mesmos indivíduos que a sequestraram antes, submetida a intensa tortura e forçada a gravar um vídeo para tentar livrá-los da responsabilidade criminal”, explicou o delegado.

 

Durante o espancamento, os agressores realizaram uma chamada de vídeo com detentos da Penitenciária Central do Estado. Segundo o delegado, tudo foi transmitido ao vivo para os membros da facção que estão presos.

 

“Agora está claro que o vídeo em que ela se retrata foi gravado sob tortura, com os criminosos a espancando enquanto transmitiam ao vivo para a Penitenciária Central. A tentativa de defesa dos sequestradores foi nula desde o início, mas a responsabilização criminal segue firme”, afirmou França.

 

A vítima relatou que foi alvo da facção após perder uma grande quantidade de drogas durante uma operação da polícia. Após sair da prisão, tentou se afastar da vida criminosa e começou a trabalhar em um supermercado da cidade. No entanto, a organização a julgou no chamado “Tribunal do Crime” e determinou sua execução.

 

“Ela contou que, ao ser presa, perdeu uma quantidade significativa de drogas. Após ser solta, não quis se envolver mais com o crime e começou a trabalhar. A facção, no entanto, não aceitou essa decisão e a julgou, decidindo por sua morte”, detalhou o delegado.

 

Diante da gravidade do caso, o Ministério Público foi acionado. A jovem e sua família foram retiradas do estado de Mato Grosso por medida de segurança.

 

Vídeo

 

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