Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
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17.04.2024 | 06h49 Tamanho do texto A- A+

Operação mira "gabinete do crime" e prende delegado em MT

As investigações apontam que ele e um investigador solicitavam vantagens indevidas

Polícia Civil de Mato Grosso

O delegado Geordan Fontenelle, que foi preso em Peixoto de Azevedo

O delegado Geordan Fontenelle, que foi preso em Peixoto de Azevedo

DA REDAÇÃO

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta quarta-feira (17) a Operação Diaphthora, para cumprimento de 12 ordens judiciais decretadas em investigações que apuraram um esquema criminoso que teria sido montado por um delegado e um investigador de polícia no município de Peixoto de Azevedo. 

 

Um dos alvos é o delegado titular da delegacia de Peixoto de Azevedo, Geordan Fontenelle. Ele e o investigador foram presos. 

São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares.

 

Os servidores são investigados pela suspeita de corrupção passiva, associação criminosa e advocacia administrativa. 

As investigações iniciaram após denúncias recebidas no Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, que apontavam o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo.

 

O caso envolveria situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando, conforme a Polícia, a formação e uma associação criminosa.

Com o aprofundamento das investigações, foram identificados os servidores envolvidos no esquema. A Polícia diz que o mentor e articulador era o titular da Delegacia de Peixoto de Azevedo, Geordan Fontenelle, e um investigador da unidade, aliados a advogado e garimpeiros.  

A Polícia diz que ficou demonstrado no inquérito que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos; exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. 

Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”, diz a Polícia.

Diaphthora

O nome da operação é uma referência grega ao termo corrupção, cujo significado está atrelado à ideia de um organismo vivo que entra no corpo humano causando destruição dos órgãos pela ação nefasta dele.

 

Traduzindo para as investigações, são as consequências que a corrupção tem quando praticada por servidores públicos e seus efeitos desastrosos no órgão público, ferindo a integridade pública e princípios institucionais da Polícia Judiciária Civil.

A Corregedoria-Geral ressalta o apoio recebido da Diretoria Geral da Polícia Civil, da Diretoria de Atividades Especiais, por meio da Delegacia Fazendária, Gerência de Combate ao Crime Organizado e Gerência de Operações Especiais; Diretoria do Interior, Diretoria de Inteligência,  Poder Judiciário e Ministério Público da Comarca de Peixoto de Azevedo.

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