Cuiabá, Domingo, 3 de Agosto de 2025
MORTE DE PSICÓLOGA
17.06.2025 | 16h06 Tamanho do texto A- A+

Polícia Civil descarta suicídio e trata o caso como feminicídio

Perícia não apontou lesões compatíveis com a tese apresentada pelo marido, que foi preso em flagrante

Reprodução

Delegado Ugo Mendonça, que investiga a morte da psicóloga Janaina Santin (em detalhe)

Delegado Ugo Mendonça, que investiga a morte da psicóloga Janaina Santin (em detalhe)

ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

O delegado da Polícia Civil de Sinop, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, afirmou que o assassinato da psicóloga Janaina Carla Portela Santin, encontrada morta na tarde da ultima segunda-feira (16), será investigado como feminicídio, após a perícia não identificar lesões compatíveis com suicídio.

 

Foi novamente confirmado que não havia sinal de tiro encostado na cabeça da vítima, descartando assim a hipótese de suicídio

“Eu acompanhei a necrópsia hoje de manhã e, juntamente com a médica legista e os peritos, foi novamente confirmado que não havia sinal de tiro encostado na cabeça da vítima, descartando assim a hipótese de suicídio”, afirmou o delegado.

 

Ainda de acordo com Ugo Mendonça, a suspeita de feminicídio surgiu após o marido da vítima apresentar inconsistências ao relatar o momento em que Janaina teria, supostamente, atirado contra a própria cabeça.

 

Após uma análise preliminar da cena do crime, uma equipe da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) constatou que o ângulo do disparo não era compatível com a versão apresentada pelo marido.

 

“Acredito que após praticar o ato, ele alterou a cena do crime, mudou a posição do corpo. Acredito que ele mesmo efetuou os disparos, simulando que a vítima teria efetuado os disparos”, disse o delegado.

 

Além dos disparos ocorridos na residência, Ugo Mendonça não descarta a possibilidade de o suspeito ter atirado contra si mesmo, uma vez que ele apresenta ferimentos de bala na perna direita. O homem passou por exames para detectar vestígios de pólvora nas mãos.

 

“Acredito que ele mesmo fez o disparo na perna dele. É compatível o ângulo de entrada e saída com a direção do disparo pelo fato dele ser destro”, explicou.

 

Diante da dinâmica apurada pela Polícia Civil, a hipótese de suicídio foi descartada e o caso segue sob investigação como feminicídio.

 

“Como não tem essa confirmação de tiro encostado, não tem suicídio. Não tendo suicídio, só estava ele e a vítima na casa, resta o feminicídio”, concluiu o delegado em entrevista ao portal SóNoticíais 

 

Janaina e o marido residiam no bairro Delta, em Sinop, e eram sócios de uma empresa especializada na venda de madeiras no município.

  

Veja o vídeo: 

 

 

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