Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
ALVOS DE OPERAÇÃO
29.04.2025 | 09h14 Tamanho do texto A- A+

Polícia: vereadores receberam propina para beneficiar construtora

Chico 2000 e Sargento Joelson tiveram endereços vasculhados e foram afastados do cargo pela Justiça

MidiaNews

Os vereadores Chico 2000 e Sargento Joelson, que foram alvos da operação

Os vereadores Chico 2000 e Sargento Joelson, que foram alvos da operação

DA REDAÇÃO

Alvos de uma operação da Polícia Civil na manhã desta terça-feira (29), os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSD) teriam recebido propina para beneficiar uma construtora responsável pela obra do Contorno Leste, na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

 

Os dois tiveram seus endereços vasculhados pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), durante a Operação Perfídia, com o objetivo de investigar crime de corrupção envolvendo a empresa responsável pela obra e vereadores.

 

Orçado em R$ 125 milhões, o Contorno Leste é uma obra de mais de 17 km que cruza a cidade. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Cuiabá, incluindo em gabinetes de vereadores, além de busca nos sistemas e câmeras de monitoramento da própria Câmara Municipal, onde o crime teria ocorrido. 

 

São 27 ordens judiciais, sendo mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo de dados telefônicos e eletrônicos, além de sequestro de bens, valores e imóveis, contra cinco investigados. Os vereadores foram afastados do exercício parlamentar por determinação da Justiça. Um empresário e dois funcionários da empresa envolvida são os demais alvos da operação. 

 

As investigações tiveram início a partir de denúncia recebida pela Deccor em 2024, noticiando que vereadores teriam solicitado, a um funcionário da empresa responsável pela execução das obras do Contorno Leste, propina para a aprovação de matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à empresa no ano de 2023.

 

Uma parte dos valores foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, e há indícios de que a outra parte tenha sido paga em espécie ao parlamentar, no interior de seu gabinete na Câmara, onde as negociações teriam ocorrido.

 

Os investigados também foram proibidos de manter contato entre si e com testemunhas e servidores da Câmara, e de acessar as dependências do órgão legislativo ou as obras do “Contorno Leste”. Eles também não podem se ausentar da cidade sem autorização judicial. Além disso, devem entregar seus passaportes.

 

Operação Perfídia

 

O nome da operação faz referência ao significado da palavra Perfídia, ação para enganar ou que contraria o que foi afirmado ou prometido.

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2 Comentário(s).

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Valdenir Lugato  29.04.25 11h03
Por situações como essa da matéria é que a população não acredita nos políticos.
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Adilson  29.04.25 10h29
Mais dois bolsonaristas raiz. Kkkk
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