A Polícia prendeu Joseph Ibrahim Khargy Junior, "herdeiro" de uma facção criminosa alvo da Operação Tempo Extra, deflagrada na manhã desta quarta-feira (10), em Cuiabá.
A operação investiga movimentações financeiras milionárias ligadas a facção com atuação em Mato Grosso. Segundo apurações da Polícia Civil, o grupo teria movimentado mais de R$ 1 milhão na "gestão" de Joseph.
O "herdeiro" é apontado como o articulador das operações criminosas e responsável por assumir a liderança da organização após a prisão de Paulo Witer Farias Paello, conhecido como “W.T.”, ocorrida em abril de 2024 durante a Operação Apito Final. No esquema de W.T, mais de R$ 65 milhões foram movimentados pelo bando.
De acordo com a investigação, Joseph exercia a função de “ritmar” uma área de Cuiabá, função que consiste em organizar e coordenar operações de distribuição e venda de drogas, além de cadastrar integrantes e colaboradores do grupo.
O objetivo seria aumentar os lucros da facção e minimizar os riscos de prejuízos. Ainda segundo a Polícia Civil, Joseph também teve papel estratégico na reestruturação financeira da organização após os bloqueios e prisões da fase anterior da operação.
Ele seria responsável por auxiliar na fuga de comparsas e oferecer suporte logístico aos criminosos da facção.
As investigações apontam que a organização permanece ativa, com foco em lavagem de dinheiro por meio da movimentação de recursos ilícitos, utilização de empresas de fachada e aquisição de veículos de alto valor para ocultar a origem criminosa dos valores.
A Operação
A Operação Tempo Extra, deflagrada nesta quarta-feira, é considerada uma extensão da Operação Apito Final.
A nova fase da operação cumpriu 15 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça do Juízo das Garantias, sendo um mandado de prisão preventiva, 10 mandados de busca e apreensão, três de sequestro de veículos e uma suspensão de atividade econômica, além de bloqueios de valores em contas bancárias, no valor de R$ 1 milhão.
A nova ofensiva busca desarticular a organização criminosa, asfixiando financeiramente o grupo e impedindo que ele se reestruture e retome o controle de áreas estratégicas para o tráfico de drogas e a lavagem de capitais.
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