A Assembleia Legislativa aprovou em primeira votação o projeto de lei que proíbe que o Poder Público exija qualquer tipo de comprovante da vacina contra Covid-19 e qualquer outra doença para permitir a entrada em estabelecimentos públicos e privado no Estado.
A nova proposta foi apresentada pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PSL), em substituição a um projeto anteriormente apresentado pela deputada Janaina Riva (MDB), que recebeu quatro substitutivos e foi arquivado a pedido da parlamentar, após muita polêmica.
O novo texto recebeu parecer favorável da Comissão de Saúde da Casa e a votação foi acompanhada de perto pelo público na galeria. Os únicos parlamentares que votaram contra a pauta foram os petistas Lúdio Cabral e Valdir Barranco.
Segundo Cattani, que é alinhado às ideias do presidente Jair Bolsonaro (PL), o objetivo do projeto é garantir a liberdade do cidadão para frequentar qualquer estabelecimento do Estado, tendo ele se vacinado ou não.
O projeto ainda pede para que o Estado se empenhe em proibir "a discriminação e o tratamento diferenciado ou constrangedor a qualquer pessoa que, usando a sua liberdade individual, escolha não tomar a vacina".
O projeto deve passar por segunda votação em sessão convocada para o dia 17 de janeiro.
Críticas ao projeto
O projeto é apontado como inconstitucional, uma vez que caberia às autoridades sanitárias decidir sobre a adoção ou não de passaporte sanitário, baseado em aspectos técnicos e o comportamento do vírus na pandemia.
O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, inclusive afirmou que se a medida for aprovada pelo Legislativo, acionará o Judiciário.
Questionado se vetaria o projeto, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que vai aguardar o parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), mas que não cabe à Assembleia legislar sobre a pauta.
"A autoridade sanitária não é a Assembleia. É a Anvisa, a nível federal; a Vigilância Sanitária no Estado e nos municípios. Eles que têm que dizer. E eu vou seguir muito a orientação técnica sobre isso", afirmou.
Posicionamento do STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) também já se manifestou favorável à adoção do passaporte da vacina em duas ocasiões: primeiro em dezembro passado, quando determinou a obrigatoriedade do passaporte sanitário para viajantes que chegarem ao Brasil.
Na segunda vez, na semana passada, quando o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a validade do parecer do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que vetava a exigência do comprovante de vacinação em universidades e institutos federais.
O documento ainda estabelecia que a exigência só pode ocorrer se houver uma lei federal sobre o assunto.
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12 Comentário(s).
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José Oliveira 07.01.22 11h13 | ||||
Vacina no Brasil e no mundo sempre foi recomendada e aplicada ....Agora não se sabe porque? e baseado em que? aqui no Brasil, só no Brasil não querem aplicar. Eu por exemplo tomei as duas doses do coronavirus e ja tomei a de reforço, se não imunizar pelo menos não mata. | ||||
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José Oliveira 07.01.22 08h00 | ||||
Quem não quiser vacinar não vacine, mas depois não procure socorro em hospitais da rede publica. | ||||
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Wagner Lima 06.01.22 19h23 | ||||
Trabalhar que é bom, o suplente futuro ex-deputado não quer de jeito nenhum. | ||||
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João Moessa de Lima 06.01.22 16h48 | ||||
Temos os deputados que merecemos. | ||||
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NETO 06.01.22 12h01 | ||||
meu caro Roney, quem disse que a vacina vai encerrar a pandemia, se informe melhor pense fora da bolha e do tal consorcio. | ||||
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