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26.08.2016 | 08h49 Tamanho do texto A- A+

Dilma poderá levar ex-ministros para o Senado durante interrogatório

Presidente afastada terá à disposição parte do gabinete de Renan Calheiros

Wilson Dias / Agência Brasil

Equipe de segurança está reforçada para a última etapa do impeachment

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DO G1

A presidente afastada, Dilma Rousseff, contará com uma estrutura especial no Senado na segunda-feira (25), quando irá depor no julgamento final do processo de impeachment. Além de parte do gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi colocada à disposição da petista a tribuna de honra do plenário, onde poderão ser acomodados ex-ministros e auxiliares.

Dilma deverá comparecer ao Senado ainda pela manhã, numa sessão reservada para sua participação final no processo. Inicialmente, terá 30 minutos seguidos – prorrogáveis por quanto tempo for necessário – para se defender.

 

Em seguida, poderão questioná-la, nesta ordem, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, os senadores, os autores da denúncia (a advogada Janaina Paschoal e o ex-ministro Miguel Reale Jr.) e seu advogado, o ex-ministro José Eduardo Cardozo. A presidente terá o tempo que for necessário para responder a cada questão.

No plenário, Dilma ficará na Mesa Diretora, ao lado de Lewandowski, onde também estarão o presidente do Senado, Renan Calheiros, e seus respectivos assessores.

 

Ao lado esquerdo da presidente afastada, no plenário, foi reservada a tribuna de honra, composta por duas fileiras de cadeiras, destinadas, geralmente, a visitantes e assessores parlamentares. Dilma poderá levar ex-ministros e auxiliares. É esperada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamado por senadores do PT para dar apoio à sucessora.

Fora do plenário, a petista também terá à disposição uma sala privativa e outra sala de audiências que compõem o gabinete de Calheiros. No local, serão servidas refeições nos intervalos da sessão ao longo do dia – a previsão é que, assim como nas demais fases do julgamento, o interrrogatório seja interrompido a cada 4 horas, com intervalos de 30 minutos.

Para garantir a segurança, a polícia legislativa do Senado colocou em esquema de revezamento cerca de 120 homens, nas áreas internas e externas da Casa.

 

Interrogatório e julgamento


Entre os parlamentares, a expectativa é que a participação de Dilma dure todo o dia.

 

"Vamos fazer perguntas técnicas, no campo jurídico, de forma respeitosa com uma ré que é mãe e avó", adiantou o senador José Agripino (DEM-RN), líder do bloco que reúne DEM, PSDB e PV.

 

Ele diz estar preparado para não reagir a tentativas de vitimização de Dilma. "Ninguém vai entrar na vitimologia, ninguém vai entrar no jogo dela de provocar para depois se vitimizar", diz.

 

Apoiadores da presidente, por sua vez, devem aproveitar a participação para reafirmar a tese de que não houve crime de responsabilidade. "Todos nós vamos perguntar e debater com ela. Mas ainda não há uma articulação elaborada para fazer as perguntas", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do bloco que reúne PT e PDT.

O interrogatório não encerra o julgamento: na terça (30), acusação e defesa poderão novamente se manifestar, podendo também serem questionados pelos senadores. Depois, cada senador terá até 10 minutos para falar sobre a acusação.

 

Na última fase antes da votação, prevista para quarta (31), até dois senadores poderão falar contra Dilma e outros dois a favor. Na votação em si, serão necessários ao menos 54 votos entre os 81 senadores para condenar Dilma e impedi-la de assumir cargos políticos por 8 anos.

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