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29.05.2010 | 11h10 Tamanho do texto A- A+

Evandro Stábile diz que só sai do TRE se for obrigado

Desembargador é acusado de comandar um suposto esquema de venda de sentenças na Justiça Eleitoral

Mesmo sob pressão, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Evandro Stábile, afirmou que deixará o cargo somente se for obrigado pela Justiça e que jamais se vai se afastar de forma voluntária. Pelo menos foi o que ele revelou, em duas entrevistas: uma, ao jornal A Gazeta e outra, à TV Centro América (Globo/4).

O magistrado, na verdade, tem evitado dar entrevistas para falar sobre o assunto. Ele alega que as investigações estão em segredo de Justiça. Relatório das investigações feitas pela Polícia Federal, sob o comando do Superior Tribunal de Justiça (STJ) revelam gravações de conversas telefônicas, que apontam indícios desse esquema, envolvendo o próprio Stábile, advogados e juízes.

Embora com certa resistência, na quinta-feira (27), Stábile votou a favor do afastamento de todos os membros do Pleno do TRE, cuja decisão deverá ser tomada em consenso com os juízes-substitutos, na sessão plenária da próxima terça-feira (1º de junho), do TRE-MT.

Após a abertura do inquérito da Polícia Federal, que apura esquema de venda de sentença no Judiciário, a situação se tornou complicada. Imagens mostram, inclusive, o presidente do TRE conversando com pessoas investigadas, como, por exemplo, com a prefeita cassada de Alto Paraguai (218 km a Médio-Norte de Cuiabá), Diane Alves (PR).

Há indícios de que o marido dela, advogado e ex-prefeito, Alcenor Alves, tenha atuado como intermediário na compra da decisão em favor da ex-prefeita.

Nas entrevistas, Stábile alega que não há motivo plausível para deixar o cargo, pois não existem provas concretas com ele. "São relatos de pessoas comuns em locais públicos", disse, a respeito das fotografias.

O presidente do TRE está sendo investigado, ainda, por procedimento administrativo disciplinar, juntamente com o juiz-membro da Justiça Eleitoral, Eduardo Jacob.

A comissão, prevista para ser aberta na próxima semana, será presidida pelo desembargador Sebastião de Moraes Filho.

O pedido de sindicância foi feito pelo juiz federal e membro do TRE, César Augusto Bearsi, e pelo juiz federal substituto do Pleno, Jeferson Schneider.

A decisão dos desembargadores do TRE foi motivada pelo pedido de afastamento entregue pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), na quinta-feira à tarde, ao próprio Evandro Stábile.

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Marise  30.05.10 06h57
Ah!!! é por isso que o TRE MT vem atrapalhando a administração de muitos municípios com esse troca-troca de prefeitos! é vergonhoso e revoltante, pois quem perde é a população. Até quando teremos que conviver com essa sujeita toda?
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