A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), criticou novamente como recebeu o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG) da administração passada, sem levantamentos e sem informações básicas de funcionamento.

Durante a primeira escuta pública voltada à atualização do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), que faz parte do processo de privatização do DAE, a prefeita disse que ao assumir, tudo era “obscuro”.
“Ninguém conhece melhor o problema do que quem é morador aqui do município. Quando cheguei aqui, não tínhamos levantamentos certos de números, não tínhamos nada do DAE, era tudo muito obscuro, era tudo suposição: percentuais, quantidade de pontos, o que funcionava o que não”, disse.
“Mas, conseguimos identificar e esse foi o primeiro passo para planejar e efetivamente começar a andar com a mudança do saneamento básico no município”, acrescentou.
A escuta envolveu moradores da região do grande Cristo Rei, lideranças comunitárias, secretários municipais, membros da Agência de Regulação (Ager), Ministério Público Estadual, secretários municipais, técnicos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), entre outros.
A Fipe foi contratada para realizar o diagnóstico financeiro, patrimonial e estrutural do DAE. Durante a exposição, a Fipe apresentou dados técnicos sobre o funcionamento do sistema, apontando desafios como: perdas de cerca de 60% da água produzida; necessidade de intervenções nas estações de tratamento (ETAs); capacidade insuficiente dos sistemas de reservação; necessidade de reestruturação e ampliação da rede de esgoto.
Ao final da apresentação, a prefeita informou que recuperou recursos de 2013 que estavam sendo perdidos pelo município por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O montante gira em torno de R$ 16 milhões referentes a convênios antigos destinados a reservatórios de água tratada. Além disso, a gestão atual concluiu as licitações para a construção de cinco novos reservatórios, com capacidade entre 2,2 e 2,5 milhões de litros cada, contemplando bairros como Parque do Lago, Costa Verde, São Mateus e Chapéu do Sol.
A gestora destacou ainda que o saneamento é peça-chave para o desenvolvimento.
“Sem rede de esgoto, a cidade perde investimentos, perde oportunidades e deixa de crescer. Estamos trabalhando para mudar essa realidade com responsabilidade e coragem”, encerrou.
Veja:
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