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22.01.2023 | 08h42 Tamanho do texto A- A+

Novo comandante do Exército é visto com maior traquejo político

O general Tomás Miguel Miné entrou no lugar do general de MT, Júlio Cesar de Arruda

Reprodução

O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva

O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva

DA FOLHAPRESS

O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, tem 62 anos e é considerado na capital federal como um militar com maior traquejo político, incluindo a proximidade com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi ajudante de ordens, e com o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).

 

Atual comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), ele chegou em 2019 ao posto de general de Exército, o mais alto da carreira, passando a integrar o Alto Comando da Força.

 

Tomás Paiva está na linha sucessória natural, sendo o mais antigo detentor de quatro estrelas do Alto-Comando, ao lado de Valério Strumpf. Em 2022, quando havia tentativas de contato com o Exército por parte de petistas, que então lideravam a corrida presidencial com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o nome de Tómaz era citado nos bastidores como uma das possíveis pontes.

 

Nesta semana, Tomás havia feito um discurso incisivo de defesa da institucionalidade, pedindo o respeito ao resultado das eleições e afirmando o Exército como apolítico e apartidário. Tudo isso em meio ao impacto dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

 

Tomás, como é chamado, já havia sido cotado para o cargo, mas alguns petistas temiam que sua grande capacidade de articulação o tornassem numa força independente, assim como Eduardo Villas Bôas foi quando escolhido por Dilma Rousseff (PT) no fim de 2014 -o ex-comandante foi o artífice da volta dos fardados à política.

 

Tomás foi chefe de gabinete de Villas Bôas. Neste sábado (21), Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, do posto de comandante do Exército em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília.

 

Em discurso na quarta-feira (18) durante uma cerimônia no QGI (Quartel-General Integrado), em São Paulo, o novo comandante do Exército disse que o resultado das urnas deve ser respeitado, independentemente do presidente exercendo o mandato.

 

Sem citar o nome de Lula, o comandante afirmou que "não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito". Disse também que ainda que houvesse um "turbilhão, terremotos, tsunamis", continuarão coesos, respeitosos e garantindo a democracia.

 

Em outro trecho, afirmou: "Quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É isso que se faz. Essa é a convicção que a gente tem que ter. Mesmo que a gente não goste", afirmou. "Nem sempre a gente gosta. Nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel de quem é instituição de Estado. Instituição que respeita os valores da pátria, como de Estado."

 

Entre outras atuações no Exército, Tomás foi também subcomandante da Minustah (Missão de Estabilização da ONU, no Haiti). 

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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pedro  23.01.23 08h35
RAIMUNDO.. TO ACHANDO QUE VC E UM GRANDE BABA OVO BOLSONARISTA, SE TEM VERGONHA E FACIL, ARRUMA A MALA E VAI PRO AFEGANISTÃO, LA VC TEM TODOS SO SEUS DIREITO.
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Raimundo da Silva   22.01.23 18h23
Me sinto envergonhado por ter um condenado na presidência e ainda tirar as pessoas sérias do poder e colocar esses comandados q fazem o seu bem prazer em vontades
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Wender Souza  22.01.23 09h04
Díficil é falar para seu filho que o crime compensa. E enganar o povo é profissão de politico.
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