O governador Pedro Taques (PSDB) rebateu, na tarde de sexta-feira (20), as críticas feitas pelo conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, e afirmou que “não tem tempo, nem disposição para discutir com ele”.
Na manhã de sexta-feira, o conselheiro criticou a gestão do tucano e declarou que a Caravana da Transformação – projeto social realizado pelo Estado – é "incoerente", pois realiza cirurgias de modo itinerante em lugares que sequer têm hospitais em funcionamento.
“A Caravana vai para Sorriso, fica dois ou três dias, e depois sai e deixa o hospital fechado, um posto de saúde que não funciona. Porque isso que é real: a Caravana é uma eventualidade, o mundo real é outro”, declarou Antônio Joaquim.
Durante coletiva de imprensa, na 10ª edição da Caravana da Transformação, que ocorreu em Tangará da Serra (230 km a Noroeste de Cuiabá), o governador comentou sobre as críticas feitas pelo conselheiro.
“Amigos, não tenho tempo nem disposição para bater boca com o Antônio Joaquim. Tenho mais o que fazer. A oposição é importante e espero que nós tenhamos candidatos. É isso”, limitou-se a dizer.

Em relação à Caravana da Transformação, Taques argumentou que mais de 320 mil pessoas já passaram pelo projeto. Destas, mais de 120 mil realizaram procedimentos médicos, dos quais 35 mil foram cirurgias de cataratas.
“Nosso Governo pensa de forma conjuntural e estrutural. Estamos estruturando a Saúde do Estado e caminhando com as situações emergenciais. Será que esses 35 mil cidadãos que deixaram de ficar na escuridão merecem esperar até resolver o problema estrutural do Estado?”, declarou.
O tucano ainda justificou que a Caravana possui auditoria realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é aprovada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
“O que interessa é que as pessoas estão sendo atendidas”, completou o governador.
"Política antiga"
Logo após as declarações de Pedro Taques, o secretário de Estado de Comunicação, Kleber Lima também se pronunciou sobre as críticas do conselheiro afastado do TCE.
Ele afirmou que Antônio Joaquim faz "uma política antiga, que não é aprovada pela população".
"A fala do Antônio Joaquim traduz aquilo que ele representa: a velha política. Ele já começou atacando, desmerecendo, não fazendo proposta. Não é o que a população quer ver. A população quer ver a nova política, que é o que representa o governador Pedro Taques", disse
"Antônio Joaquim é o que já passou e o povo não aprova. Por isso, ele parte ao ataque, antes mesmo de pensar em ser candidato", completou.
Críticas de Antônio Joaquim
Na coletiva de imprensa que concedeu na manhã de sexta-feira, Antônio Joaquim anunciou a sua aposentadoria do TCE, do qual está afastado desde setembro, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ainda confirmou a pré-candidatura ao Palácio Paiaguás.
O conselheiro ainda aproveitou para fazer críticas a Taques, possível adversário nas urnas no próximo ano, e à Caravana da Transformação.
“A Caravana ajuda as pessoas? É verdade. A Caravana faz cirurgias? É verdade. Mas existe todo um aparato para isso. Quantos aviões voam para essa caravana? Quantos secretários vão de avião ou de carro? Quantas diárias são pagas? Veja bem, tudo é questão de gestão”, disse.
“O que vai resolver as dificuldades é uma gestão com qualidade, municipalizar a saúde, estimular os consórcios de aquisição de medicamento...”, acrescentou.
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22 Comentário(s).
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| mario 23.10.17 09h24 | ||||
| Sempre tem um funcionário público.. Fazendo campanha contra o Taques.... Defendendo o velho corporativismo sindical | ||||
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| Eduardo 22.10.17 17h07 | ||||
| Diante do caos que o estado se encontra...salários ameaçados...plano de saúde em decadência...Fica claro que eleger um Governador com raízes jurídicas na maioria das vezes não é um bom negócio...Pois experiencia em gestão o mesmo não esta demonstrando nenhuma...Nos precisamos de políticos administradores é a unica forma do estado crescer... | ||||
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| José Herculano da Silva 22.10.17 13h13 | ||||
| A verdade é uma. Pão e circo para o povo. Venda de ilusões enquanto a realidade é dura e triste. Ao invés de gastar 10 milhões com passeios de jatinhos, 10 milhões poderia estruturar alguma unidade de saúde médica em alguma cidade. Ao invés de gastar quase 2 bilhões em futebol, que diga-se de passagem a população de MT não pediu, mas a minoria política decidiu, deveriam ter solucionado o problema de saúde do estado. A população não deseja futebol ou trens fantasmas. Nós desejamos o emprego de nosso dinheiro de forma ordeira e consciente, com o devido aval do povo. Deveriam ter consultado o povo sobre gastar 2 bilhões em futebol, mas para que consultar o povo, se o objetivo final era encher os bolsos. | ||||
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| Pedro 22.10.17 08h08 |
| Pedro, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
| Paulo Ricardo 21.10.17 18h19 | ||||
| Meu povo ACORDA! Vamos viver de realidade e nao de fantasia, o dia que a população aprender de verdade o que é Política, o que é saber votar realmente, Cuiabá o Estado e o País, nao será como é: Quem pode mais chora menos, uma politica de Mandraques astutos disfarçados de contrutores de um sistema político novo cheio de palavras lindas manipulatorias e enganadoras!!!! E que no final acaba ou em pizza ou em nada ! | ||||
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