O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), defendeu que o Governo reveja seu planejamento de obras e adie algumas para amenizar os efeitos da greve dos caminhoneiros, que deixou uma série de setores desabastecidos e causou impactos na arrecadação do Estado.
Ao todo, a Secretaria de Fazenda calculou perdas de até R$ 8 milhões por dia em Mato Grosso somente no comércio. A greve dos motoristas de caminhão teve início na semana passada por conta de aumentos sucessivos no óleo diesel. As rodovias começaram a ser liberadas somente na terça-feira (29).
“O secretário disse que é algo em torno de R$ 7 milhões por dia. O que é muito preocupante. O Estado já vinha com arrecadação abaixo do limite e, com essa perda, complica ainda mais. E tem outra questão que é a Cide. Algumas obras estavam sendo tocadas com esse recurso. Com o fim da Cide, vai ser uma grande perda para o Governo. Algo em torno de R$ 50 milhões que estavam contando daqui até o final do ano”, disse, em entrevista à rádio Jovem Pan.
“Eu acredito que o Governo vai ter que rever algumas obras, vai ter que paralisar algumas. Vai ter que se readequar. Porque a perda vai ser de mais de R$ 100 milhões. Então, vai ter que adequar esse orçamento, ver aquelas obras que não são prioritárias e paralisar”, afirmou.
Para Botelho, o Estado precisa priorizar setores como Saúde, Segurança e Educação, em detrimento de algumas obras de Infraestrutura. Ele acredita que a recuperação dos efeitos da greve levará um tempo maior que o esperado.
“A Saúde não pode mais ser sacrificada, a Segurança não tem por onde, a Educação também não tem o que tirar. Então, vai ter que paralisar obras para equilibrar com essa perda de receita que vai ter, com toda certeza”, disse.
“Melhora com três dias, mas, para voltar ao normal, é precisop algo em torno de sete a dez dias para restabelecer totalmente o sistema. Mas pode demorar até um pouco mais. Agora, o grande problema é que o movimento parece que está indefinido se vai ou não acabar”, completou.
A paralisação
Em Mato Grosso, foram 30 pontos de paralisação dos caminhoneiros nas rodovias federais. O protesto teve início na segunda-feira (21) e é contra os sucessivos aumentos no preço do óleo diesel, o que estaria tirando a rentabilidade do setor.
O governador Pedro Taques afirmou que a paralisação afetou as contas do Executivo. A projeção da Secretaria de Estado de Fazenda é que a queda, somente no comércio, fique entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões por dia.
Ele anunciou o congelamento da base de cálculo do ICMS do óleo diesel pelos próximos 30 dias. Ao todo, a redução será de R$ 0,17 na base, o que levará a uma renúncia fiscal de R$ 10 milhões.
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3 Comentário(s).
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José Santana 04.06.18 08h25 | ||||
Não é mais ético e justo cortar verba indenizatória de todos os parlamentares , reduzir os cargos e salários de comissionados ao invés de paralisar obras que irá atender a necessidade do povo . | ||||
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Nelson Pinheiro Paiva 03.06.18 23h55 | ||||
Com um amigo destes GOV PEDRO TAQUES quem precisa de INIMIGO!!! | ||||
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Fernando 03.06.18 21h08 | ||||
eles só sabem falar em rever obras, mas não em economizar com gastos . | ||||
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