Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
PRODUÇÃO DE SOJA
09.04.2012 | 15h15 Tamanho do texto A- A+

Prejuízo com ferrugem asiática pode chegar a R$ 740 milhões

Além da ferrugem, clima em Mato Grosso também prejudica a produtividade

Divulgação

Fávaro (detalhe) estima prejuízo de até R$ 740 milhões na safra, em função da ferrugem asiática

Fávaro (detalhe) estima prejuízo de até R$ 740 milhões na safra, em função da ferrugem asiática

DA REDAÇÃO
O Estado de Mato Grosso terá uma produtividade média menor na safra de soja 2011/12. É o que revela levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado no dia 5 passado e que aponta que a queda da produtividade da soja está estimada em 5,8%.

Essa queda é puxada, principalmente, pela baixa na região Norte de Mato Grosso, que deve colher 9,7% a menos por hectare este ano. A estimativa é de um prejuízo em torno de R$ 740 milhões.

Os principais fatores que influenciaram nesta redução foram o clima e a ferrugem asiática.

Segundo o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, os sojicultores mato-grossenses estimam perdas de aproximadamente R$ 740 milhões na temporada 2011/2012, em decorrência da ferrugem asiática.

“Vamos ter uma safra boa, mas isto por conta do crescimento de 660 mil hectares, 10,5% a mais do que na safra passada, o que suplantou as perdas, possibilitando o aumento de 800 mil toneladas, 3,9% a mais na produção da safra deste ano em relação ao ano passado, mas poderíamos ter sido melhores, se não fosse a ferrugem. O que tem de ficar claro é que é na produtividade que se faz dinheiro, dinheiro que vem pro bolso e gira a economia. Não é saudável incrementar a produção por meio de incorporação de área [degradada] e manter a produtividade em baixa”, disse Fávaro.

O levantamento do Imea indica que a produção da safra 2011/12 será em torno de 21,3 milhões de toneladas de soja.

No mês passado, o instituto previa uma safra de 21,9 milhões de toneladas para o estado. Em comparação com os dados divulgados em fevereiro, a redução foi de 2,8 pontos percentuais, algo em torno de mais de 600 mil toneladas.

Mesmo frustrado, Fávaro lembra que a safra 2010/11 foi espetacular e crê que a demanda do mercado e os resultados das safras argentina e norte-americana irão manter as cotações em alta e, desta forma os produtores irão “ganhar no preço”, compensando as perdas na lavoura.

“São preços praticamente inéditos e consequência da baixa oferta do grão no mercado. Houve quebra na produção mato-grossense, no Rio Grande do Sul, na Argentina e até nos Estados Unidos. Então os preços subiram bastante, favorecendo os produtores e estimulando-os a plantar mais na próxima safra”, destacou Fávaro.

Safra 2012/2013

Com o bom resultado financeiro da safra 11/12 se confirmando para a maioria do estado, a tendência é de aumento da área plantada para a próxima safra, podendo atingir mais de 7,4 milhões de hectares, 4,8% a mais do que o foi cultivado no atual ciclo.

Essa evolução deve ocorrer principalmente sobre áreas de pastagens, com destaque para a região Leste, que, sozinha, deve crescer mais de 140 mil hectares.

Com informações da Aprosoja



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