Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
MUDANÇA
16.09.2018 | 10h59 Tamanho do texto A- A+

Diminui área de soja convencional que ainda é cultivada no Brasil

Semente não-transgênica deve ocupar só 12% da área plantada

Reprodução

Soja convencional ainda é cultivada no Brasil, mas área plantada diminui

Soja convencional ainda é cultivada no Brasil, mas área plantada diminui

DO GLOBO RURAL

A soja transgênica domina a produção brasileira, mas ainda existem compradores que preferem a convencional. O principal destino dela é a exportação para a Europa e a Ásia. Esse nicho de mercado, porém, vem diminuindo ano a ano.

 

Na safra passada, o grão convencional ocupou 17,3% da área total de cultivo e, neste ano, deve ficar entre 10% e 12%, segundo estimativa do Instituto Soja Livre.

 

"Estou falando de 10% a 12% de um total de 9,5 milhões de hectares", pondera Eduardo Vaz, analista do instituto. Ele fez a projeção com base nos volumes de comercialização de sementes.

 

A redução pode ser explicada pelo fator custo/benefício: quem investe na lavoura convencional gasta R$ 3.975,90 por hectare, 3,8% mais do que quem cultiva a soja transgênica (R$ 3.830,87).

 

Na fazenda de Adriano Soares, em Diamantino, Mato Grosso, os 700 hectares que foram cultivados com soja convencional no ano passado, vão receber variedades transgênicas nesta safra.

 

"Hoje a conta não está fechando a favor da soja convencional", diz o produtor.

 

"E a gente tem que fixar o prêmio nos contratos antes, para ter a garantia de que vai entregar na colheita e de que vai ter esse valor acrescentado na nossa comercialização", emenda.

 

O agricultor Rafael Rodrigues também desistiu de semear os 500 hectares que havia reservado para a soja convencional porque ainda tem 25 mil sacas da última colheita guardadas.

 

Já o produtor Argino Bedin ainda aposta na semente convencional. Ele consegue 15% a mais por ela do que pela transgênica. Mas a lavoura exige alguns cuidados.

 

"Ela (soja convencional) não tem resistência a lagarta, a nada. Você tem monitorar, fazer aplicações, esses cuidados todos. Então tem que ter um valor agregado maior para poder suportar", afirma.

 

Argino já vendeu 70% da safra em contrato antecipado para uma indústria e vai receber um valor a mais a cada saca.

 

"É um prêmio de em torno de R$ 10 por saca. Então isso compensa o custo um pouquinho maior que você tem", diz ele.




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia