05.06.2025 | 17h:00

JUROS ABUSIVOS


Influenciador é um dos alvos de operação contra agiotagem

Ezequiel Padilha de Souza Ferreira, de 31 anos, ostenta vida de luxo e tem 22 mil seguidores no Instagram

Reprodução

Ezequiel Padilha de Souza Ferreira (detalhe) foi alvo da operação desta quinta

O empresário e influenciador digital Ezequiel Padilha de Souza Ferreira, de 31 anos, foi um dos alvos da Operação Fachada, deflagrada nesta quinta-feira (5) pela Polícia Civil de Mato Grosso.

 

A ação investiga um suposto esquema de agiotagem que atuava em Chapada dos Guimarães e Cuiabá utilizando facções criminosas para realizar cobranças por meio de ameaças e violência.

 

Ezequiel, que se apresenta nas redes sociais como empresário dos ramos imobiliário, de terraplanagem e agronegócio, ostentava uma vida de luxo com postagens exibindo caminhonetes, barcos e grandes quantias em dinheiro, acumulando quase 22 mil seguidores em seu perfil fechado no Instagram.

 

"Se você observar o Instagram dele, é ostentação o tempo todo. Ele tem uma RAM, tem barcos", relatou uma fonte da Polícia Civil.

 

Segundo informações obtidas pela reportagem, mandados de busca foram cumpridos no apartamento do empresário e em uma chácara em Poconé, onde foi encontrada uma pistola sem registro. Por isso ele foi preso em flagrante.

 

"A gente fez a busca e apreensão na chácara dele lá em Poconé. Inclusive foi a equipe de Cuiabá que fez a busca e apreensão e a gente localizou uma pistola. Até agora ninguém apresentou nada, nenhum documento. Então a gente acredita que não tenha registro", afirmou a fonte.

 

Segundo a Polícia Civil, o grupo investigado emprestava dinheiro com juros abusivos para pessoas humildes e acionavam faccionados quando havia atrasos nos pagamentos.

 

"Nós temos vídeos que mostram o grupo criminoso reunido extorquindo uma pessoa, mas não podemos divulgar agora porque há outros envolvidos. Na segunda fase da operação, liberaremos esse material", declarou a fonte.

 

A Polícia apreendeu ainda celulares, drogas, balanças de precisão, cadernos de contabilidade paralela, notas promissórias e dinheiro em espécie. A ação contou com apoio do Ministério Público Estadual e da Polícia Militar.

 

As investigações seguem para identificar novas vítimas e aprofundar a análise patrimonial dos envolvidos, como parte do programa Tolerância Zero do Governo de Mato Grosso contra o crime organizado. Os outros quatro investigados não tiveram seus nomes divulgados.

 


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