28.04.2025 | 07h:06

MÃE DA DIVA


Tina Knowles revela perrengues antes e depois da fama de Beyoncé

Na autobiografia 'Matriarch', ela fala sobre origem, legado e seu papel no sucesso das filhas

Reprodução

Pouco mais de uma década atrás, durante momentos tranquilos viajando entre Nova York e Houston, Tina Knowles começou a improvisar, gravando memórias e histórias de infância em notas de voz no seu celular.

 

Então com 59 anos, Knowles ainda estava ocupada estilizando e sendo mãe de suas filhas conquistadoras do mundo, Beyoncé e Solange Knowles (ela também considera Kelly Rowland e uma sobrinha, Angie Beyincé, como suas) e havia acabado de se divorciar de seu marido após 31 anos.

 

Houve várias mortes em sua família.Ela queria deixar um legado para os filhos e netos. "Comecei a pensar sobre a mortalidade e 'não vou estar aqui para sempre'", disse ela. "Me senti velha; me senti triste."

 

O resultado foi o livro de memórias "Matriarch" (que significa matriarca em português), lançado na semana passada nos Estados Unidos, que traz a vida de Knowles para o centro do palco.

 

Tem o drama de sua criação no Sul segregado e a jornada de aperfeiçoamento pessoal de uma mãe trabalhadora compelida a defender seus filhos, mas não a si mesma, além de um otimismo cauteloso.

 

Knowles revela pela primeira vez que foi diagnosticada com câncer de mama em 2024.

 

Após cirurgia e tratamento, ela está livre da doença —e ousando se vestir com "malha transparente" depois de fazer uma redução. "Esse foi meu lado positivo", diz.

 

"Meus filhos me amam e me admiram e tudo mais, mas acho que eles também ganham uma compreensão mais profunda de mim e por que fiz algumas das coisas que fiz", disse ela. "Depois que lerem este livro, eles entenderão muito mais."

 

Em alguns círculos, Knowles, agora com 71 anos, é uma espécie de mãe da internet, regularmente filmando vídeos bobos e, às vezes, compartilhando histórias de infância e percepções sobre turnês. Exércitos de fãs também ficam à espreita pelos momentos em que ela inadvertidamente publica fotos não aprovadas pelas filhas.

 

Quando "Matriarch" foi anunciado, Beyoncé mostrou seu apoio em uma postagem nas redes sociais que também veio com um aviso. "Estou feliz por você compartilhar algumas das histórias que a moldaram em quem você é", escreveu ela. "Conhecer você é amar você. Mas, por favor, tome cuidado."

 

A família dela é famosamente reservada e seus descendentes estrelados, incluindo o genro Jay-Z, exploram cada um a dor pessoal e os triunfos em sua própria arte muito deliberadamente produzida —e raramente em outros lugares.

 

Embora Knowles estivesse mantendo suas notas de voz, quando foi abordada para escrever um livro de memórias, ela inicialmente hesitou: "Eles vão querer ouvir sobre meus filhos; eles não vão querer ouvir sobre mim". "Era isso que eu ficava dizendo a mim mesma, que ninguém quer ouvir minha história", comenta.

 

Ela cedeu, imaginando que poderia compilar os bastidores inofensivos que fizeram sucesso em suas redes sociais. Algumas dessas histórias permanecem salpicadas ao longo de "Matriarch". Como cabeleireira do primeiro vídeo do Destiny's Child, "No, No, No (Part 2)", Knowles percebeu que não havia levado extensões suficientes para o set, então cortou mechas loiras de sua própria cabeça até que Beyoncé tivesse um visual pronto para as câmeras.

 

Essas memórias frequentemente servem a outro propósito: detalhar a batalha árdua que toda a família enfrentou na busca por carreiras musicais. Depois de assinar com a Columbia Records, executivos da gravadora menosprezaram o estilo caseiro do Destiny's Child.

 

"Ninguém entendeu", disse Stephanie Gayle, que foi vice-presidente de marketing da gravadora, em entrevista.

 

"Tina estava fazendo o cabelo. Tina era responsável pelas roupas. Cada gravação de vídeo, tudo o que fazíamos, era só reclamação, reclamação, porque eles simplesmente não entendiam."

 

Alguns dos looks mais icônicos do Destiny's Child —como o camuflado rasgado do vídeo "Survivor"— foram o resultado do pensamento rápido de Knowles e da mesquinhez orçamentária da gravadora.

 

Embora o grupo emplacasse singles número 1 e se tornasse um dos grupos femininos mais vendidos da história, os orçamentos continuavam diminuindo, contando com que Knowles ficaria acordada a noite toda adicionando strass ou drapeando tecidos. "Essa é a Tina", disse Gayle.


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