30.10.2025 | 08h:00

MAIS DE 100 MORTOS


Famosos lamentam megaoperação no RJ: ‘É política de extermínio’

Personalidades criticam megaoperação no Rio que deixou centenas de mortos e questionam política de segurança do estado

Globo/Manoella Mello

Depois da grande operação policial realizada na segunda-feira, 28, nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro — ação que deixou mais de 100 mortos — diversas personalidades utilizaram as redes sociais para criticar a intervenção das forças de segurança. Confira a seguir:

 

Alice Wegmann (atriz): “Não se anestesiar com o absurdo do Brasil”.

 

Debora Bloch (atriz): “A maior chacina do estado do Rio de Janeiro não é política de segurança, é política de extermínio.”

 

João Gomes (cantor): “Galera. Meu irmão, na saída da locação, bizarro, velho. Saí no carro, veio uma moto. A gente não entendeu por que a turma estava pedindo para voltar para o lugar da locação. Mas dizem que esses caras começaram a atirar do nada, velho. Meu Deus do céu. Quando pegou as avenidas aqui, as rodovias, deserto. Que loucura”.

 

Ludmilla (cantora): “Se protejam, fiquem em lugar seguro. Não é momento de sair de casa. Se você por algum motivo teve ou tem que sair por causa do trabalho, tenha cautela e se mantenha informado através dos canais oficiais. Se cuidem, amo vocês!”, escreveu a cantora.

 

Míriam Leitão (jornalista): “As palavras são ‘tragédia’ e ‘desastrosa’. Essa operação foi desastrosa. O Rio ainda está contando os mortos. Então, é um desastre isso. Não teve planejamento. Se tivesse planejamento, não teria acontecido isso. O primeiro movimento do governador de culpar o governo federal foi quando ele viu que estava começando a dar errado. O erro é o governador convocar os governadores de direita. Como assim? Ele falou que não era para politizar, ele está politizando. Ele tem que se reunir com o governo federal.”

 

Oruam (rapper) chamou a ação de “chacina” e falou sobre um “sistema sujo”. “Minha alma sangra quando a favela chora porque a favela também tem família, se tirar o fuzil da mão existe o ser humano”, escreveu no Instagram nesta terça.

 

Paulo Vieira (humorista): “O governador bolsonarista Cláudio Castro é o grande responsável pela desgraça que o Rio vive hoje. Para se livrar, ele vai botar a culpa até no Cristo Redentor, mas não se engane. Ele inclusive foi contra a PEC da Segurança que foi votada no congresso. Só para gente não esquecer: o governador do Rio de Janeiro é do PL, todos os senadores do Rio são do PL, nove deputados federais do Rio são do PL… Agora o governador numa atitude desesperada e eleitoreira, sacrifica o povo para fazer esseteatro sanguinário para sua plateia trevosa. Que Deus tenha piedade do povo”.

 

Rachel Sheherazade (jornalista): “A polícia entrou para cumprir 100 mandados de prisão, não para cometer 60 execuções”, afirmou, criticando ainda a celebração de parte da população diante do resultado da ação.

 

“Essas pessoas não têm nome, não têm rosto, e principalmente, não têm dinheiro. São favelados, pretos, pardos, desafortunados. Morrendo muitos, ainda assim, não farão falta. Assim pensam alguns”.

 

“Os maiores e mais poderosos criminosos andam de jatinho, vivem em condomínios de mansões e apertam as mãos de gente graúda de Brasília. Por que o governo não faz operações nesses lugares?” Ela concluiu ressaltando que os próprios policiais também são vítimas do sistema:

 

“O policial aprende a odiar a favela de onde veio e não o sistema que aprisiona ele e o traficante na mesma pobreza. Ele é o bucha de canhão. No fim das contas, o gatilho quem puxa é o policial, mas a culpa da chacina é de quem manda matar.”

 

A megaoperação no Rio de Janeiro

 

O Rio de Janeiro realizou nesta segunda-feira, 28, uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de enfraquecer o Comando Vermelho, maior facção criminosa do estado.

 

A ação, considerada a mais letal da história do Rio, deixou mais de 100 mortos, incluindo suspeitos e moradores.

 

O governo afirmou que a ofensiva foi planejada para conter ataques realizados pela facção e para prender líderes do tráfico.

 

Já organizações de direitos humanos, moradores e autoridades apontaram excesso de violência, falta de transparência e denúncias de abusos policiais.

 

A operação gerou forte repercussão nacional, provocando debates sobre segurança pública, violações de direitos e a eficácia de ações desse tipo no combate ao crime organizado.


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