Doses letais de remédio foram encontradas no corpo de Michael Jackson

Michael Jackson tinha níveis letais do potente analgésico Demerol e do substituto da heroína, Metadona, em seu corpo quando morreu, segundo o jornal The Sun.

Os exames mostraram que o pop star tomou um coquetel de drogas fortes o suficiente para matar qualquer pessoa normal, instantaneamente. Porém, ele as consumia há tanto tempo, que seu corpo se tornou tolerante a essas doses de remédios, até o colapso fatal no último dia 25.

Este foi o resultado preliminar do exame toxicológico feito pelo IML de Los Angeles e foi revelado depois que fontes ligadas a Jackson começaram a falar que sua morte foi resultado de um homicídio acidental ou de um crime.

Uma fonte ligada à investigação contou ao jornal:

"Michael Jackson estava cheio de drogas quando morreu, não tinha a menor chance."

Junto com os níveis letais de Demerol e Metadona, os exames de sangue acharam também altos níveis de Xanax, um ansiolítico, níveis baixos de Propofol, um anestésico hospitalar que Jackson usava como sonífero, e uma quantidade significativa de Dilaudid, usado em hospitais para minimizar dores pós-cirúrgicas.

Havia ainda doses terapêuticas de Fentanyl, outro analgésico pós cirúrgico, 100 vezes mais potente que a morfina, mais o analgésico Vicodin, pílulas do ansiolítico Valium e do sonífero Ambien.

Especialistas disseram que o corpo pode adquirir tolerância a altas doses de drogas, mas eventualmente se sobrecarrega e simplesmente "apaga". Foi isso o que aconteceu com Michael.

"Este resultado, com certeza, vai aumentar a pressão que a polícia vem sofrendo para estabelecer como este homem obtinha cada uma dessas medicações e quais médicos foram responsáveis."

"Os boatos sobre homicídio casual não vão parar de crescer, se for provado que ele tomou drogas controladas sem que se preocupassem com sua segurança."

O chefe de polícia, William Bratton disse que espera o resultado final dos exames toxicológicos, que ainda vão demorar algumas semanas.

"Baseado nesses resultados, teremos uma ideia de com o que estamos lidando. Se com um homicídio ou com uma overdose acidental."

Segundo o The Sun, Michael recebeu uma injeção de Demerol cerca de 40 minutos antes de seu coração parar.

O dermatologista de Jackson, Dr. Arnold Klein, admitiu ter dado Demerol ao cantor depois de cirurgias.

Mas insistiu ter avisado o pop star sobre os riscos do Propofol e também do Diprivan.

"Soube que ele estava usando Diprivan quando estava em turnê na Alemanha. Eu lhe disse que era insano."

"Você tem que parar, esta droga não pode ser usada repetidamente."

A última turnê de Jackson na Alemanha foi em 1997, o que indica que ele tomava drogas potencialmente letais há pelo menos 12 anos.

Quatro médicos estão envolvidos na investigação. Um, o médico particular Dr. Conrad Murray, estava com Jackson no momento de sua morte.

Uma carta do Dr. Alex Farshchian, datada de 2002, foi divulgada neste sábado mostrando que Jackson trocou sua dependência em Demerol pelo analgésico injetável Buprenex, remédio que foi encontrado na casa do pop star e que é um potente narcótico.

A carta sugere um tratamento de cinco a sete dias "que oferecerá a você a solução."

Um bilhete encontrado perto do local onde Jackson guardava os remédios e com a letra dele revelava:

"Buprenex faz a mesma coisa que Demerol. A diferença é que não vicia."

Outra carta, de um programa de desintoxicação, o que indica que Jackson tentou se ver livre das drogas, diz que a Metadona é o meio mais comum para combater a dependência de substâncias.

Ele usava nomes de amigos e funcionários para comprar os remédios, segundo a investigação.

O vício em drogas também será detectado pelos exames feitos em seu cérebro.

O patologista Michael Baden disse:

"Tudo o que aconteceu, desde se foi surrado quando criança à existência de pequenos tumores ou overdoses prévias, será mostrado no exame."