Cuiabá, Sexta-Feira, 27 de Junho de 2025
CASO ALPHAVILLE
19.01.2021 | 19h10 Tamanho do texto A- A+

Adolescente que matou Isabele pega pena máxima de 3 anos

Caso aconteceu no dia 12 de julho do ano passado no Condomínio Alphaville, em Cuiabá

Arquivo

A adolescente Isabele Ramos, que foi morta pela melhor amiga no Alphaville

A adolescente Isabele Ramos, que foi morta pela melhor amiga no Alphaville

DA REDAÇÃO

A Justiça mandou internar a jovem que atirou e matou a adolescente Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, com um tiro no rosto, em julho do ano passado no Condomínio Alphaville, em Cuiabá.

 

A garota foi condenada a pena máxima de 3 anos de internação, que poderá ser revista a cada seis meses.

 

A decisão é da juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá.

 

A adolescente foi sentenciada por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

 

Conveniente ressaltar que ceifar dolosamente a vida de uma pessoa é ato infracional violento; ceifar a vida de uma pessoa tida como melhor amiga no banheiro do closet do quarto da própria casa é muito mais violento

"Conveniente ressaltar que ceifar dolosamente a vida de uma pessoa é ato infracional violento; ceifar a vida de uma pessoa tida como melhor amiga no banheiro do closet do quarto da própria casa é muito mais violento em razão da vítima, por certo, não esperar tal atitude", escreveu a magistrada.

 

"E neste ponto reside a qualificadora que torna o ilícito ainda mais grave, isto é, a surpresa do ataque que dificultou, ou até mesmo impediu qualquer ato defensivo por parte da adolescente vítima".

 

"Os registros (...) demonstram que o ato infracional foi praticado com violência e possui gravidade concreta extrema que exige a intervenção pedagógica estatal máxima, inclusive, diante da necessidade da responsabilização pelas escolhas equivocadas, com a conscientização das consequências nefastas de ceifar dolosamentea vida humana", consta em outro trecho.

 

A juíza ainda determinou o imediato cumprimento da decisão. "No tocante à execução provisória da sentença que decreta medida socioeducativa de internação, trago a finalidade protetiva e os princípios da proteção integral do adolescente e da atualidade para, em consonância com os julgados recentes dos Tribunais Superiores e Tribunais Estaduais, entender que a execução deve ser imediata, com o recebimento de eventual recurso, apenas no efeito devolutivo".

 

A garota inclusive já foi entregue às autoridades judiciais na tarde desta terça.

 

O caso

 

O crime aconteceu no  no dia 12 de julho de 2020, no Condomínio Alphaville.

 

A conclusão da perícia técnica e da Polícia Civil foi que o disparo feito pela amiga da vítima não foi acidental.

 

A adolescente foi indiciada por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção ou assume o risco de matar.

 

Já os pais da atiradora foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude

processual e corrupção de menores.

 

A tragédia aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que foi trazida pelo genro, de 17 anos, no quarto principal no andar de cima.

 

No depoimento do garoto, a namorada não sabia que a pistola estava municiada quando pegou o case, maleta utilizada para guardar armas.

 

No caminho, porém, a garota desviou o caminho e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, ela encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma.

 

A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura.

 

 

 

 

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