Em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE), o advogado e delator Themystocles Figueiredo disse que o auditor fiscal André Fantoni, da Secretaria de Estado de Fazenda, apontou outro suposto esquema de fraudes – além do que envolve a Caramuru Alimentos S/A - para beneficiar empresas com redução de valores de autuações.
Nos autos da investigação da Delegacia Fazendária, o delator afirmou que Fantoni teria lhe confidenciado que “se utilizou de outro escritório de advocacia para dissimular o recebimento de vantagem indevida, relativa a fraude envolvendo a empresa Camisaria Colombo”.
Themystocles Figueiredo procurou o MPE assim que tomou conhecimento, por meio da imprensa, de investigações relacionadas à Caramuru, durante as eleições municipais em Cuiabá, no ano passado.
Os agentes Alfredo Menezes Mattos Junior e Farley Coelho Moutinho também são acusados de participar da fraude. Fantoni e Junior estão presos no Centro de Custódia de Cuiabá. Moutinho foi beneficiado, nesta terça (9), por uma decisão do Tribunal de Justiça e será colocado em liberdade.
O advogado admitiu que simulou um contrato de prestação de serviço com a Caramuru para “lavar” dinheiro e entregá-lo aos agentes, acusados do esquema. Em troca, ficaria com 10% dos valores, já descontados os impostos.
Segundo a Delegacia Fazendária, uma autuação contra a empresa, no valor de R$ 65 milhões, foi reduzida par R$ 315 mil. Os suspeitos teriam cobrado propina de R$ 1,8 milhão.
Fac-símile de trecho de decisão em que a camisaria é citada:
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