Cuiabá, Domingo, 19 de Outubro de 2025
HOMICIDA
27.02.2018 | 16h33 Tamanho do texto A- A+

Bandido morto cometia crimes graves há dez anos, diz Polícia

Delegado afirma que policiais agiram em legítima defesa, já que Kelves Silva estava fortemente armado

Arquivo/MidiaNews

Kelves Gonçalves da Silva (detalhe), que foi morto na madrugada desta terça-feira

Kelves Gonçalves da Silva (detalhe), que foi morto na madrugada desta terça-feira

DA REDAÇÃO

Com apenas 28 anos e longa ficha de crimes cometidos de forma cruel, Kelves Gonçalves da Silva, que foi morto por policiais nesta madrugada, acumulava passagens por roubo a banco, tentativa de homicídio, homicídio, tráfico de drogas, receptação, porte ilegal de arma de uso restrito e extorsão mediante sequestro.

 

O criminoso era procurado pelo sequestro da empresária Milena Eubank, em 17 de novembro de 2017, em Cuiabá, e tentativa de homicídio contra um investigador da Polícia Civil.  

 

Segundo a Polícia Civil, Kelves agiu durante dez anos na Capital, acumulando uma extensa ficha criminal.

 

Com a morte do último envolvido, o caso do sequestro foi encerrado pela Polícia Civil, com 15 pessoas indiciadas.

 

Kelves e seu comparsa Jean Pierre Queiroz Oliveira, 27 anos, entraram em confronto com policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gerência de Operações Especiais (GOE) e Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva), nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (26).

 

“Desde aquele momento [do sequestro em novembro] houve a prisão de vários indivíduos. Foram feitas várias incursões do GCCO, DERRFVA, GOE e outras unidade policiais que geraram a prisão de mais de 15 pessoas, mas faltava o principal, o articulador dessa ação criminosa, que é justamente o Kelves Gonçalves da Silva”, afirmou o delegado adjunto da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, Marcelo Martins Torhacs.

 

A localização dele teve participação do Núcleo de Inteligência do GCCO, levando ao paradeiro exato, uma residência no Bairro Jardim Vitória, local onde recebeu ajuda do comparsa para esconder.

 

“Foi feito um planejamento junto com a Gerência de Operações Especiais, a Derrfva e outros policiais operacionais e foi feita a incursão. As informações davam conta que Kelves estava na posse de armamento de grosso calibre, que se confirmou na diligência. Houve reação dos indivíduos e não houve outra alternativa senão efetuar disparos buscando repelir essa agressão contra os policiais”, explicou o delegado.

 

Após serem atingidos eles foram imediatamente encaminhados ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, mas morreram.

 

No local, os policiais apreenderam uma pistola 9 mm, mesmo calibre da arma que efetuou os disparos no investigador, uma submetralhadora 9mm, munições, carregadores, um rádio HT, que copia frequência policial, e porções de drogas.

 

O delegado do GCCO, Diogo Santana, disse que Kelvis estava com dois mandados de prisão em aberto, um pelo homicídio do taxista Douglas da Silva Dantas, 34 anos, que foi degolado e o corpo encontrado próximo ao Aterro Sanitário, no Bairro Barreiro Branco, no dia 9 de agosto de 2017, e outro pela extorsão mediante sequestro da empresária.

 

O delegado esclareceu que as circunstâncias das mortes serão apuradas pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), para que não reste dúvida da legitimidade da ação.

 

“Como medida de praxe em casos desta natureza, as armas dos policiais diretamente envolvidos no confronto foram apreendidas e serão encaminhadas à perícia. A apreensão de armas é procedimento corriqueiro em casos assim”, afirmou Diogo Santana.

 

O delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira considerou o confronto uma ação de legítima defesa, diante da periculosidade de Kelves. “Era uma pessoa extremamente perigosa e estava fortemente armado”, disse.

 

Vida pregressa

 

Kelves é conhecido no meio policial desde o ano 2007 pelos vários crimes praticados em Cuiabá. São mais de 10 crimes graves registrados entre os anos de 2007 a 2017.

 

Ele foi localizado no Jardim Vitória, na casa de Jean Pierre Oliveira, que tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, roubo qualificado, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e organização criminosa.

 

Kelvinho, como é chamado, é investigado em três inquéritos na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). Um deles apura a morte do taxista Douglas Dantas. “Ele foi identificado como autor desse grave crime”, disse o delegado Diogo Santana.

 

Suspeita-se que ele também esteja envolvido na morte de outros dois homens, no último domingo (23), cujas imagens da execução foram compartilhadas em aplicativos de Whatsapp, porém, os corpos ainda não foram localizados.

 

“Em razão do ‘modus operandis’ e da compleição física que aparece no vídeo efetuando o crime, temos a suspeita que é o próprio Kelvis que aparece na imagem, o indivíduo de azul. A compleição física é exatamente a mesma”, disse o delegado Diogo Santana.

  

As mortes estariam relacionadas ao assassinato da jovem Viviane da Silva Ângelo, 18 anos, grávida de 7 meses, que teve o corpo encontrado na região da estrada da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá, no dia 18 de fevereiro.

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josinha  27.02.18 23h32
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