LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Está confirmada para ter início à meia-noite de segunda-feira (27) a greve geral dos trabalhadores do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande.
Conforme o
MidiaNews antecipou na quarta-feira (22), a categoria rejeitou a proposta feita pelos empresários, durante assembleia-geral realizada no Sest/Senat (leia mais
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A publicação do informe de paralisação dos serviços foi feita no Diário Oficial que circula nesta quinta-feira (23).
No comunicado, o presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestre de Cuiabá e Região (STETTCR), Ledevino da Conceição, garante que o serviço à população ainda será prestado, conforme determina a lei.
“Informamos que, em respeito à população e ao cumprimento da lei, faremos o possível para garantir uma quantidade mínima da frota em operação”, diz trecho da publicação.
Efeito da greveEstima-se que, no mínimo 330 mil pessoas sejam afetadas com a paralisação dos serviços. Esse é o número de usuários do transporte coletivo apenas em Cuiabá.
Segundo dados fornecidos pela Associação Matogrossense dos Municípios (MTU), a frota de veículos ativos que atendem à Cuiabá e Várzea Grande, hoje, é formada por 450 carros.
NegociaçãoO diretor de imprensa do sindicato, Erisvaldo Pereira, afirmou ao
MidiaNews que foram realizadas quatro rodadas de negociação com a classe patronal e que, como não chegaram a um consenso, não haverá mais conversa com os empresários.
“Não tem mais negociação. Entre as empresas e o sindicato, não há mais conversa. A partir de segunda-feira (27), nós paramos”, disse o sindicalista.
A última proposta feita à categoria pelos empresários era de aumento de 10,6% nos salários-base dos motoristas - hoje fixado em R$ 1,5 mil - e 10% de reajuste para os demais trabalhadores do setor.
Hoje, além do vencimento bruto, os motoristas contam com uma comissão que varia de R$ 73 a R$ 193, determinada conforme o número de passageiros transportados.
Com o reajuste, o abono pago ficaria entre R$ 82 e R$ 199.
Os empresários, porém, mantiveram o posicionamento de não conceder plano de saúde aos trabalhadores – o que também consta como prioridade da pauta de reivindicações da categoria.
“Os trabalhadores querem salário-base de R$ 2 mil e o plano de saúde. Agora, vamos conversar apenas na Justiça”, afirmou Pereira.