Cuiabá, Quarta-Feira, 5 de Novembro de 2025
“É HORA DE LEVAR A SÉRIO”
05.11.2025 | 17h45 Tamanho do texto A- A+

Dresch diz que clubes devem R$ 41 mi ao Cuiabá e quer punição

Em artigo na Folha de S.Paulo, presidente defendeu a adoção do Fair Play Financeiro entre os clubes

AssCom Dourado

O presidente do Cuiabá Esporte Clube, Cristiano Dresch

O presidente do Cuiabá Esporte Clube, Cristiano Dresch

ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

O presidente do Cuiabá Esporte Clube, Cristiano Dresch, defendeu nesta quarta-feira (5), por meio de um artigo de opinião publicado no jornal Folha de S.Paulo, a adoção do Fair Play Financeiro entre os clubes do futebol brasileiro.

 

O Fair Play Financeiro é um conjunto de regras criado para manter o controle financeiro dos clubes, garantindo que respeitem limites de endividamento e honrem seus compromissos, seja com outros clubes, funcionários ou com o Estado.

 

Essa realidade mostra como o sistema atual, sem punições efetivas, premia quem não cumpre [as transações financeiras]

No texto, Dresch criticou a falta de punição a clubes inadimplentes e citou dívidas de equipes da Série A do Campeonato Brasileiro com o Cuiabá, que somam R$ 41 milhões

 

Entre os casos mencionados, o dirigente destacou a dívida do Atlético Mineiro (MG), que, após contratar o atacante Deyverson em agosto de 2024, chegou à final da Libertadores e, na temporada seguinte, revendeu o atleta ao Fortaleza, mas não quitou o débito com o clube mato-grossense.

 

Segundo Dresch, “essa realidade mostra como o sistema atual, sem punições efetivas, premia quem não cumpre [as transações financeiras]”.

 

O presidente também ressaltou a importância da criação da CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), órgão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) responsável por julgar conflitos entre clubes e atletas no futebol brasileiro.

 

No entanto, ele defendeu mais investimentos no órgão e punições mais eficazes para evitar o favorecimento de clubes inadimplentes, seguindo o modelo aplicado no futebol europeu.

 

“Em alguns casos recentes, as condições acabaram favorecendo clubes inadimplentes, com prazos alongados e ausência de juros, o que distorce a lógica do sistema”, escreveu Dresch. 

 

Para ilustrar a situação, ele relatou que, para manter as contas em dia, o Cuiabá precisou recorrer ao mercado financeiro e lidar “com custos e taxas elevadas”.

 

“Defender o Fair Play Financeiro não é defender burocracia, mas responsabilidade e coerência. O futebol brasileiro evoluiu em gestão, estrutura e receitas, mas ainda carece de mecanismos sólidos de controle e punição equilibrada”, afirmou.

 

No inicio do mês de outubro, o Cuiabá denunciou à CNRD o não pagamento de uma parcela de R$ 780 mil renegociada com o Corinthians pela compra do volante Raniele.

 

Diante da inadimplência, o clube paulista foi punido com um transfer ban, que impede o registro de novas contratações. Após o pagamento da dívida, o Corinthians — que atualmente disputa uma vaga na Libertadores de 2026 — teve a punição revogada.

 

Leia o artigo de Dresch AQUI. 

 

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