A empresária Calisângela de Moraes, 36, decidiu romper o silêncio e vai prestar depoimento sobre o caso que envolve a execução da adolescente Maiana Mariano Vilela, 16, que teve um relacionamento com seu marido Rogério Amorim, 38.
A delegada responsável pelo caso, Anaíde de Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou ao MidiaNews que o depoimento foi agendado para a tarde desta segunda-feira (4).
“Inicialmente, ela disse que iria se manter em silêncio, mas mudou de ideia e vamos ouvi-la. Ela tem o direito se manifestar, esperamos que traga fatos novos para a investigação. Iremos confrontar o depoimento dela com as provas que reunimos durante a investigação”, afirmou.
A delegada disse também que espera que Rogério se manifeste sobre o caso. “Esperamos que ele fale sobre a motivação que o levou a encomendar a morte da menor. Sabemos que ele pediu para a mãe da Maiana providenciar a emancipação da filha, coisa que não aconteceu. Não descartamos a possibilidade de a menor ter descoberto algo que ele quisesse manter em segredo. Isso, sim, pode sim ter motivado o assassinato de Maiana”, disse Anaíde.
O casal foi preso no último dia 25, às quatro horas da madrugada, na casa em que moravam, no bairro CPA II, por policiais civis. Também foram presos Paulo Ferreira e Carlos Alexandre Nunes da Silva, apontados como executores.
Caso Maiana
Maiana Vilela desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Investigações da Polícia Civil, reveladas na semana passada, mostram que a jovem foi vítima de um plano cruel, tramado pelo ex-namorado, Rogério Amorim.
A DHPP prendeu oito pessoas por envolvimento no crime, quatro foram liberados por não terem participado efetivamente do assassinato, apenas sabiam do crime. A prisão temporária foi revogada após o depoimento deles e que, segundo a Polícia, contribuiu para esclarecer o assassinato e também para apontar os autores.
Continuam presos o empresário Rogério Silva Amorim, a esposa dele, Calisângela de Moraes, 36. Como executores, Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre Nunes da Silva, que teriam recebido R$ 5 mil pelo crime, além da moto que Carlos ainda a revendeu. A delegada deverá solicitar, ao término dos 30 dias, a prisão preventiva dos quatro.
Segundo a Polícia, Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor.
Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1. Ela teria que levar R$ 400 desse montante para pagar um suposto caseiro, em uma chácara na região do Coxipó do Ouro.
Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz. A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Paulo Alexandre.
A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.
Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada, na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá. O corpo de Maiana foi resgatado por policiais na manhã do dia 25, após terem prendido a quadrilha.
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