O julgamento dos quatro acusados de participarem do assassinato da estudante, Maiana Vilela - morta aos 16 anos - promete ser um dos mais polêmicos dos últimos tempos.
A estudante foi dada como desaparecida no dia 21 de dezembro de 2011.
Cinco meses depois, investigações da Polícia Civil apontaram que a jovem foi vítima de um plano arquiteto pelo seu namorado, o empresário Rogério Amorim, 38. Ele teria contratado Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem e menor.
A audiência de pronúncia e instrução, realizada durante no último dia 31 de julho, na 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher, no Fórum Criminal de Cuiabá, foi marcada por contradições e fortes acusações contra o suposto mandante.
Os assassinos confessos da menor, Paulo e Carlos Alexandre, disseram que o crime não teve mandante, e que decidiram matar Maiana por se sentirem supostamente ameaçados por ela.
A dupla disse que Maiana estava arquitetando um plano para roubar cerca de R$ 20 mil do empresário, além de uma caminhonete.
Eles disseram ainda que um terceiro homem, suposto amante de Maiana, também iria participar do assalto. Leia mais AQUI.
Acusação
A promotora de Justiça que atua no caso, Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, é referência no combate da violência contra a mulher, e avaliou que a versão apresentada pelos réus é uma estratégia da defesa do empresário Rogério Amorim.
“É muito fácil culpar a vítima, que está morta e não pode mais se defender”, disse a promotora, que também garantiu que irá pedir condenação máxima a todos os envolvidos.
“O homem sempre foi lobo do homem, desde o mundo é mundo, o homem é mal e o homem mata. Se não podemos evitar esses instintos, temos que atuar nesses casos bárbaros, para que a Justiça seja feita. Vamos pedir a condenação máxima aos envolvidos”, disse.
Durante audiência umas das testemunhas aroladas pelo MPE, a prima de Maiana, Poliana Martins, relatou que Rogério teria tentato prejudicar as investigações da polícia. Segundo a testemunha, por várias vezes ele passou informações falsas a ela sobre o paradeiro da adolescente.
Outra testemunha, P.M., de 16 anos, disse que já manteve relação sexual com o empresário e que na época ela tinha 15 anos. A menor também revelou que Maiana mantinha um caso com Rogério desde quando tinha 13 anos de idade.
A promotora Lindinalva Rodrigues disse que os testemunhos foramimportantes para fazer um perfil do acusado Rogério Amorim.
Defesa
Rogério Amorim e sua esposa Calisângela de Moraes são defendidos pelo advogado Waldir Caldas. Ele também realizou a defesa do empresário Josino Guimarães, em dezembro do ano passado, no Tribunal do Júri.
Josino foi considerado culpado da acusação de ser mandante do assassinado do juiz Leopoldino Marques do Amaral, em 1999, porém foi absolvido.
Caldas argumentou que o casal não encomendou o homicídio, negando o que apontaram as investigações da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Andamentos
Agora, concluída a fase de pronúncia e instrução, a juíza Tatiane Colombo, que presidiu a audiência deve decidir se o processo será levado a júri popular.
Caso sejam condenados por homicídio triplamente qualificado, os quatro acusados podem ser sentenciados a cumprir 30 anos de prisão.
Caso Maiana
Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Investigações mostram que a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado pelo ex-namorado Rogério Amorim.
Segundo a Polícia, Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor.
Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1.
Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar um caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória.
Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.
A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre.
A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.
Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá.
O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido a quadrilha.
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1 Comentário(s).
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Fabiana 06.08.12 08h28 | ||||
justiça seja feita..esse cara merece pena maxima..se ele matou ela por dinheiro garanto que alem de pagar um bom dinheiro pela defesa dele ainda vai ter que passar uns bons dias em hotel de luxo que e o presidio de cuiaba... | ||||
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