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10.01.2023 | 14h15 Tamanho do texto A- A+

Família procura paradeiro de mulher que sumiu há uma semana

Teresa dos Santos, de 32 anos, que tem esquizofrenia, fugiu de uma casa de amparo

Reprodução

Teresa dos Santos morava no Paraná e trabalhava como costureira antes do diagnóstico

Teresa dos Santos morava no Paraná e trabalhava como costureira antes do diagnóstico

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

A família de Teresa dos Santos, de 32 anos, diagnosticada com esquizofrenia, está em busca de seu paradeiro há quase uma semana.

 

Ela saiu de uma casa de apoio em Cuiabá, onde estava internada contra a vontade dos familiares, na última sexta-feira (6), e não foi mais vista desde então.

Ela não ataca ninguém, não agride ninguém. Ela Só fica alterada, ansiosa, querendo sair

 

A mãe de Tereza, a faxineira Clarice dos Santos, 52 anos, conta que a filha morava no Paraná e chegou à cidade há pouco mais de dois meses para morar com ela e o esposo.

 

Segundo Clarice, a filha toma medicação controlada para tratar a doença e sem ela Teresa fica alterada e ansiosa, mas nunca agressiva.

 

“Ela não ataca ninguém, não agride ninguém. Ela só fica alterada, ansiosa, querendo sair”. Para tranquilizar a filha quando chegava do trabalho, ela a levava para fazer caminhada e outras atividades de que gostava.

 

A internação e o desaparecimento

 

Clarice diz que nunca internou a filha, e desde que ela foi para casa de amparo não foi mais autorizada a vê-la.

 

Como o portão da casa em que a família mora, no Bairro Império do Sol, é mantido trancado por segurança, Teresa fugia pulando o muro da residência.

 

Ela fez isso três vezes, tendo voltado para casa nas outras duas situações. Na terceira, no entanto, ela foi parar no Centro da Cidade após pegar um ônibus.

 

Dois advogados a teriam encontrado e levado à Delegacia da Mulher, que encaminhou Teresa a uma casa de apoio. O local dessa instituição nunca foi revelado à família.

Eu estou desesperada. Tem quase um mês que não a vejo. Ela não pode ficar sem os medicamentos de maneira alguma, ela faz acompanhamento médico

 

“Como ela fugiu e tem problemas mentais, ela falou que a gente tinha agredido ela e que nós a estávamos mantendo fechada. Só que isso não é verdade. Aqui a casa ficava aberta e só o portão mantém fechado, em Cuiabá todo lugar é assim”, afirmou.

 

A terceira fuga e internação aconteceram no início de dezembro. Na primeira instituição Teresa ficou por quase um mês e depois, sem o conhecimento da família, foi transferida para outra, da qual saiu pela porta da frente com todos os seus pertences.

 

“Pediram para a gente levar roupa para ela na Delegacia da Mulher e de lá eles mandaram para ela, porque diziam que a gente não podia chegar perto dela”.

 

“Aí, quando foi segunda agora, mandei: ‘Tenho que saber notícias de para onde vocês mandaram ela’. Com muito custo e quando eu falei que tinha um advogado que já estava na delegacia, eles mandaram o endereço desse local”.

 

A nova instituição, no entanto, era aberta, e na última sexta-feira (6) Teresa pegou seus pertences e saiu.

 

“Eu estou desesperada. Tem quase um mês que não a vejo. Ela não pode ficar sem os medicamentos de maneira alguma. Ela faz acompanhamento médico”.

 

Segundo Clarice, a filha é muito comunicativa e pode ter pedido ajuda a alguém. “Ela gosta de conversar, gosta muito. Se você conversar com ela meia hora fala que ela não tem nada”, disse.

 

A doença de Teresa foi diagnosticada há 4 anos. Antes disso ela trabalhava como costureira e tinha um convívio normal com a família. Seu maior sonho é conquistar a casa própria.

 

Para contribuir com qualquer informação bastar entrar em contato com a Polícia Civil pelos números (65) 3901-4823 ou (65) 99982-7766.

 

 

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