Cuiabá, Segunda-Feira, 22 de Setembro de 2025
CASO KAYTTO
20.04.2009 | 09h31 Tamanho do texto A- A+

Familiares e amigos lotam paróquia e cobram justiça

Menino foi violentado e morto há 7 dias por um pedófilo condenado e em condicional

A Gazeta

A igreja lotada na missa de 7º Dia da morte de Kaytto

A igreja lotada na missa de 7º Dia da morte de Kaytto

NADJA VASQUES
A GAZETA

A missa de sétimo dia de morte do estudante Kaytto Guilherme Nascimento Pinto, 10, violentado e assassinado no dia 13, lotou na noite de ontem a Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Quilombo, na Capital. Parentes do menino aproveitaram a celebração para pedir mudanças na Lei de Execuções Penais e cumprimento integral da pena para o acusado, Edson Alves Delfino, 29, preso na Penitenciária Central de Cuiabá.

Tia de Kaytto e coordenadora do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), de Cuiabá, Dilma Conceição de Camargo disse ontem que irá intensificar campanhas de prevenção a crimes contra crianças e adolescentes.

Dilma também quer envolver a sociedade civil organizada e governo na cobrança para que pedófilos, como Edson, permaneçam trancafiados e só possam deixar a prisão quando não representarem mais perigo para a sociedade. "Se ele ficar preso 30 anos, que é a pena máxima, quando sair, aos 60, vai fazer isso de novo".

A mãe do estudante, Luzia Rosa Araújo do Nascimento, pediu justiça e prisão para que o assassino não faça a mesma coisa com outra criança. "Não desejo para ninguém o que estou passando".

Acompanhado do filho Gabriel, 11, o prefeito da Capital, Wilson Santos (PSDB), esteve na missa. Ele anunciou que irá relatar o fato aos presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente José Sarney (PMDB) e Michel Temer (PMDB), pedindo providências para que esse tipo de criminoso não tenha direito a progressão de regime. "O que aconteceu é resultado da impunidade e da loucura dos nossos tempos".

Kaytto foi morto cerca de meia hora após o registro do seu desaparecimento, por volta das 11 horas. O criminoso conhecia a vítima, porque tinha trabalhado 25 dias na reforma da guarita do condomínio onde Kaytto morava com o pai e a madrasta. Ao ser preso, antes de ser levado para prestar depoimento, na noite de sexta-feira (17), Edson levou a polícia até o local onde estava o corpo do menino, em adiantado estado de decomposição.

Edson já tem condenações que somam 46 anos e 8 meses pelo abuso sexual e morte de outro menino de 10 anos, em 1999, na cidade de Primavera do Leste (231 km ao sul de Cuiabá) e por atentado violento ao pudor contra outro menor.

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