Cuiabá, Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025
APÓS VOTAÇÃO
30.06.2016 | 09h30 Tamanho do texto A- A+

Fórum afirma que a greve continua e sindicatos vão à Justiça

Sindicalistas definem hoje os rumos do movimento; tendência é de recorrer até ao Supremo

Marcus Mesquita/MidiaNews

James Jaudy: servidores públicos continuam em greve em Mato Grosso

James Jaudy: servidores públicos continuam em greve em Mato Grosso

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Fórum Sindical – que representa o funcionalismo público de Mato Grosso – informou que as categorias não vão encerrar a greve, iniciada no dia 31 de maio, após a aprovação do projeto de lei do Governo do Estado que fixa a forma de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).

 

O substitutivo integral apresentado pelo governador Pedro Taques (PSDB), que prevê  o pagamento de 7,36% dos 11,28% da RGA em três parcelas – 2% no mês de setembro deste ano e 2,68% nos meses de janeiro e abril de 2017, respectivamente -, foi aprovado na sessão noturna de quarta-feira (29), na  Assembleia Legislativa.

 

Segundo o representante do Fórum e presidente da Associação dos Servidores Efetivos da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Delegados (Asager), James Rachid Jaudy, os sindicalistas vão se reunir, ainda na manhã desta quinta-feira (30), para definir os novos rumos da greve.

 

Continuamos em greve, normal... Vamos ter uma reunião, agora pela manhã, para decidir novos passos. Vamos aproveitar e pegar aquela liminar do Sintep, que legitimou o movimento deles, para que os outros sindicatos possam se defender

Conforme ele, todas as categorias vão recorrer à Justiça, tendo como base a liminar do desembargador Juvenal Pereira, que legitimou o movimento do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep). O Fórum também vai entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF)  para cobrar o pagamento integral da revisão inflacionária.

 

“Continuamos em greve. Vamos ter uma reunião, agora pela manhã, para decidir novos passos. Vamos aproveitar e pegar aquela liminar do Sintep, que legitimou o movimento, para que os outros sindicatos possam se defender”, disse.

 

“O problema maior das categorias é a multa, não tem como os sindicatos, que são os servidores, pagarem R$ 100 mil de multa”, completou.

 

James Jaudy não soube informar, porém, como se daria o “amparo” de outras categorias, com base na liminar da Educação. 

 

Segundo ele, essa questão será esclarecida após uma conversa com os advogados que defendem os sindicatos.

 

“Goela abaixo”

 

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente (Sisma-MT), Oscarlino Alves, afirmou que a votação do substitutivo do Executivo foi empurrada “goela abaixo”, no Legislativo .

 

“O Governo não deu conta de negociar com os servidores e empurrou o projeto para a Assembleia Legislativa. O Legislativo não tem obrigação de fazer negociação com categorias. O Governo não deu conta, meteu o projeto goela abaixo, encerrou uma conversa com os sindicatos, e Assembleia, na maior dificuldade, falta de habilidade política e de competência, engoliu ontem, na votação, a aprovação do substitutivo”, dise.

 

“A opção que a gente tem, agora, é adentrar nas esferas superiores, como o Supremo Tribunal Federal com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Vai chover Adin contra esse Governo. Aqui embaixo, ele não cumpre leis, mas se vir determinação lá de cima, ele é obrigado a cumprir”, completou.

 

Conforme o sindicalista, o Sisma vai realizar uma assembleia geral, às 14h desta sexta-feira (1º), para decidir se continua ou não com o movimento.

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

Oscarlino Alves

Presidente do Sisma, Oscarlino Alves afirma que Governo enfiou "goela abaixo" projeto no Legislativo

“Após a reunião com o Fórum, nós temos por obrigação cumprir as normativas internas do sindicato, que é convocar uma assembleia para consultar a base e decidir se permanece no movimento grevista ou não”, explicou.

 

A presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran), Daiane Renner, afirmou que os servidores da autarquia vão continuar em greve.  

 

O substitutivo

 

O substitutivo integral apresentado pelo governador Pedro Taques (PSDB) prevê 7,36% dos 11,28% da RGA em três parcelas – 2% no mês de setembro deste ano e 2,68% nos meses de janeiro e abril de 2017, respectivamente.

 

Por ser juros sobre juros, o aumento final não será somente a soma das parcelas, o que resultará em um ganho final de 7,54%.

 

Já o restante, para atingir os 11,28%, será calculado sobre o subsídio de abril de 2017 e pago nos meses de junho e setembro do ano que vem.

 

Entretanto, esse pagamento ficará condicionado ao Governo reduzir seus gastos com pessoal para 49% da Receita Corrente Líquida.

 

Leia mais:

 

Por 13 a 9, deputados aprovam reposição de 7,54% a servidores

 

"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu", diz Janaína

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
13 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Fatima Gouveia  30.06.16 16h53
Esse governo devia pagar o que é de direito dos funcionalismo publicos,professores em greve crianças fora da sala de aula ,esta descumprindo tambem o direito de toda criança a sala de aula estou decepcionada com o Senhor Pedro Taques
12
6
Breno Eduardo  30.06.16 14h25
11 MILHOES DE DESEMPREGADOS e esse estardalhaço por conta de aumento, que pior, foi concedido em mais da metade!! ABSURDO COMPLETO! Esse é o resultado de uma pátria sindicalista! Não representam os funcionários públicos decentes, que querem o aumento, mais sabem da dificuldade que nosso Estado passa pela QUEBRADEIRA de Silval. Fora Viúvas do Silval ! Esse assunto já deu!
7
18
Raquel  30.06.16 14h13
só sinto q quem paga com isso são nossas crianças. Já que o ensino mudou, criança passa de ano sem saber ler e escrever. Dai vem a tal da greve, o Brasil ta do jeito q eles querem burro e analfabeto. muiiiiito triste isso, vamos continuar baixando a cabeça e fechando os olhos.
11
1
Fernando  30.06.16 13h24
Dar o reajuste integral é a mesma coisa de só alterar o período de greve. Caso de o reajuste integral vai ocorrer atraso salarial e as categorias vão fazer a mesma coisa. Então acho que os sindicatos deveriam ter bom senso e estudar um pouco mais da situação, assim como algumas categorias fizeram e retornaram as atividades.
7
11
Carlos Rizzo  30.06.16 11h45
Sou a favor do é correto e legalmente constituído.Existe algo chamado direito adquirido. Se categoria de mais elevado grau tiveram a sua reposição aplicada sem questionamento algum, porque as categorias menos favorecidas não são tratadas com isonomia? Não sou funcionário público e nem partidário, por isso falo como cidadão comum. O que lei e justo, precisa ser cumprido.
93
11