LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Sesp (Secretaria de Estado de Segurança Pública) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar para investigar a conduta do papiloscopista Fabrício Francisco Costa Leite, de 51 anos, envolvido em uma troca de tiros com o policial federal Walter Sebastião Piovan Júnior, 40.
O incidente ocorreu na Avenida do CPA, na noite do dia 26 de março deste ano.
O tiroteio teria sido motivado por uma discussão de trânsito, ocorrida nas proximidades da Avenida Mato Grosso.
Na portaria, publicada no Diário Oficial do Estado que circulou na quinta-feira (30), está descrito que o servidor estaria afastado, em tese, de seus deveres funcionais e, portanto, teria infringido os deveres que o seu cargo lhe imputa, bem como por não apresentar conduta compatível com a moralidade administrativa e "não tratar com urbanidade às pessoas".
A portaria cita, ainda, que Leite vai responder por “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública”, conforme costa no inciso IX do artigo 144, que ele também teria infringido.
O servidor poderá ser demitido, no final do processo, caso seja confirmado a postura de incontinência pública e conduta escandalosa.
ApuraçãoIrão participar da apuração dos fatos os servidores Marcos Rogério de Paula (presidente), Carolina de Figueiredo Barros Pirovani Pascoto e Sérgio Giraldelli de Freitas.
Eles terão 60 dias para apurarem os fatos e chegarem a uma conclusão sobre a conduta de Leite. O prazo poderá ser prorrogado pelo mesmo período.
O casoO policial federal e o papiloscopista se envolveram em um tiroteio no dia 26 de março, por volta das 20h30, na Avenida do CPA, conforme
MidiaNews revelou com exclusividade.
De acordo com a nota enviada pela Polícia Federal, foram disparados oito tiros da arma do policial federal e seis munições da arma carregada pelo papiloscopista.
A perícia de local de crime e do veículo atingido, uma caminhonete S-10 dirigida por Fabrício Leite, foi realizada na mesma noite.
Leite ficou com o rosto cortado por estilhaços do vidro dianteiro da sua caminhonete.
Segundo o papiloscopista, houve um princípio de discussão entre ambos, na altura da Avenida Mato Grosso com a Avenida Prainha.
A cerca de vinte metros antes do viaduto da Avenida Miguel Sutil, o policial federal, segundo Leite, parou o carro e desceu atirando contra ele.
Um inquérito policial foi aberto e o delegado Laudeval de Freitas, da Delegacia do bairro Planalto, indiciou ambos, em maio deste ano, por tentativa de homicídio.
Caso o Ministério Público Estadual aceite a denúncia, os dois serão julgados por Júri Popular, privativo de crimes contra a vida.
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