Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
PERSONALIDADE
27.12.2015 | 08h50 Tamanho do texto A- A+

Ícone do colunismo, Jejé está internado e precisa de ajuda

Um dos nomes mais marcantes da sociedade cuiabana, aos 90 anos ele vive hoje em uma clinica geriátrica

Reprodução

Jejé de Oyá, em foto do auge de sua carreira; hoje, com 90 anos, está internado em uma clínica

Jejé de Oyá, em foto do auge de sua carreira; hoje, com 90 anos, está internado em uma clínica

AIRTON MARQUES
DA REDAÇÃO

Toda sociedade é formada por pessoas que se destacam pelo trabalho desenvolvido ou pela personalidade marcante.

 

Em Cuiabá, um destes personagens que fazem parte da história é José Jacinto Siqueira de Arruda, conhecido como Jejé de Oyá.

 

O colunista social mais marcante do Estado nunca gostou de falar sua verdadeira idade. Porém, o que se sabe é que hoje Jejé já chegou na faixa etária dos 90 anos.

 

Com mais de 30 anos de atividade no colunismo social e no Carnaval cuiabano, Jejé já não vive mais no bairro da Boa Morte, na região do Centro Histórico de Cuiabá, onde foi criado pela sua família adotiva.

 

Atualmente, ele está internado em uma clínica geriátrica, localizada no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.

 

Após algumas complicações por conta da idade avançada, sua saúde está bastante debilitada.

 

Jejé nasceu em Rosário Oeste (125 km ao Norte da Capital), mas aos quatro anos de idade veio para a cidade grande, com uma família adotiva, já que sua mãe biológica, que sofria de problemas mentais, freqüentemente ameaçava sua vida.

 

Negro e assumidamente homossexual, Jejé enfrentou o preconceito e discriminação nas décadas de 50 e 60, na capital do Estado.

 

Tornou-se alfaiate e, depois, virou carnavalesco. Além de ser servidor público federal aposentado.

 

No entanto, foi na imprensa que deixou sua marca como colunista social, falando sobre festas, costumes e tradições do povo da região.

 

Jejé, desde cedo, se destacou por desafiar os padrões estabelecidos pela sociedade da época.

 

Suas peculiaridades e a acidez nos textos que publicavam nas colunas sociais de jornais da região, como o Diário de Cuiabá, fizeram com que seu nome ficasse marcado entre as famílias da alta sociedade, assim como entre as mais populares.

 

Virou uma figura folclórica ao percorrer as ruas da cidade com suas batas multicoloridas, chapéus, colares e pulseiras.

 

No final da década de 90, o colunista chegou a ser reconhecido como a “personalidade com a cara de Cuiabá”, em uma pesquisa realizada pelo Diário.

 

Casa geriátrica

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

Willian Gomes

Willian Gama, junto com sua mãe, cuida de Jejé de Oyá, atualmente internado em uma clinica geriátrica no bairro Boa Esperança

Após anos de pura atividade no serviço público – era servidor da Receita Federal –, colunismo social e carnaval cuiabano, Jejé conta agora com a ajuda de amigos para continuar sendo bem tratado na clinica geriátrica, em Cuiabá.

 

O empresário Willian Gama e sua mãe, Ivanilde Gama, são os representantes legais de Jejé e as principais pessoas que continuam ao lado do colunista social, nos últimos anos de sua vida.

 

Por ser amigo da família, Willian afirma que decidiu cuidar de Jejé, por conta da saúde debilitada e pela inexistência de familiares vivos, que fizeram com que o colunista ficasse totalmente sozinho.

 

“Colocamos Jejé nesta clinica geriátrica para que ele fosse bem tratado e cuidasse da saúde. Desde 2012, ele está neste local. O trouxemos quando estava com os dias de vida contados. Hoje, Jejé está mais forte. O que espero é que as pessoas que fizeram parte da história dele lembrem e o ajudem, também”, declarou Willian.

 

Mesmo já não estando mais freqüentando as tradicionais festas cuiabanas, nem escrevendo suas colunas sociais nos jornais impressos da capital mato-grossense, Jejé será sempre lembrado pelo jeito peculiar de se comportar.

 

Campanha

 

Por meio do aplicativo WhatsApp, um grupo de pessoas está se mobilizando ajudar o ex-colunista social Jejé.

 

Ele está precisando de materiais básicos, como fraldas geriátricas.

O empresário Beto Fogaça é quem lidera a campanha de solidariedade.

 

Ele pode ser contatado, para doações, pelo telefone (65) 8112-2056.

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Jeje de Oya

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3 Comentário(s).

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Robélio Orbe  27.12.15 11h55
Sem sombra de dúvidas que Jejé faz parte da história de mato grosso. Seu nome deverá estar grafado nos anais academicos, eternizado como uma figura amada e odiada por alguns, pois ele não tem rabo preso com ninguém. Mas como todo ser humano, um dia deixará esta vida terrena. Fica a dica: "será que esta personalidade não caiu no esquecimento de muitos?".
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teves neves  27.12.15 11h37
GRANDE JÉJÉ FIGURA INLUSTRE CUIABANA, MATO GROSSENSE, GRANDE COLONISTA SOCIAL, QUE AS PESSOAS QUE O CONHECERAM E DO RAMO, POSSAM ESTAR O AJUDANDO, E QUEM POSSA, QUE DEUS O ILUMINE, E DE SAUDE E PAZ A ELE GRANDE ABRAÇO.
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Bia  27.12.15 10h16
Deus ,tenha misericórdia deste homem ..
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