Juíza vê “comportamento agressivo” e mantém prisão de jovem

A justiça manteve a prisão do jovem Gabriel Pires de Moraes, de 21 anos, investigado pela morte de Soniamar Martins Muniz, de 57, na última sexta-feira (2) em Jaciara (143 km a sudoeste de Cuiabá).

Segundo o inquérito policial, ele incendiou o apartamento da mulher e tentou simular um suicídio. Os peritos encontraram vários indícios de que o incêndio foi criminoso, além de Gabriel ter sido encontrado com vários pertences da vítima.

Segundo a juíza Patrícia Cristiane Moreira, da 2ª Vara Cível de Primavera do Leste, apesar da prisão em flagrante ter sido realizada de forma irregular, a prisão preventiva está “suficientemente respaldada pelas circunstâncias do caso, as quais retratam, de modo concreto, o comportamento agressivo do autor do fato”, diz trecho do documento.

“Há, por conseguinte, necessidade da manutenção da segregação provisória, revelando-se insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão, as quais não ostentam força coercitiva idônea para impedir a reiteração delitiva”, disse.

De acordo com a magistrada, a materialidade delitiva e indícios da autoria do crime estão “estampados nos elementos processuais”, sejam eles o relatório de investigação, as declarações ou o registro das câmeras de segurança.

Nas imagens Gabriel aparece segurando uma mochila preta quando sai do apartamento da vítima, mochila essa que não trazia quando chegou. Os investigadores acreditam que nela estavam pertences da vítima encontrados posteriormente com ele.

Apesar de ter negado a autoria do crime, a versão de Gabriel foi refutada, por exemplo, quanto ao horário em que saiu da casa da vítima.

Ele alegou ter saído por volta da 0h40, mas as câmeras o filmaram saindo por volta da 1h10.

“Isso posto, decreto a prisão preventiva e, por consequência, mantenho a custódia cautelar do conduzido Gabriel Pires de Moraes”, diz trecho do documento.

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