A Lagoa do Parque das Águas não apresenta riscos aos peixes e atende também aos padrões estipulados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). A constatação foi feita mediante um laudo, realizado pelo laboratório Hidro Análise, entre os dias 13 e 19 de maio.
O diagnóstico foi realizado em períodos distintos para constatar a média do PH da água, bem como a existência equilibrada de outros compostos químicos.
“A lagoa está dentro da normalidade e não oferece perigos à vida animal existente no local. Com seu PH entre 7,85 em 8,57, a sobrevivência dos peixes está completamente garantida. É importante salientar que a mortandade ocorre quando o nível de oxigenação está abaixo de cinco. Como esta variante não corresponde ao caso em questão, ratificamos que o local está em estado seguro, com a qualidade necessária para manter o equilíbrio das espécies que usufruem desta água”, afirmou José Roberto Stopa, secretário municipal de Serviços Urbanos.
Quanto à quantidade significativa de mortes de peixes, a Secretaria pontua que várias circunstâncias poderiam ocasionar a fatalidade. Segundo o gestor da pasta, aspectos como choques térmicos ou até mesmo resíduos químicos oriundos do despejo ilegal dos órgãos estaduais e federais poderiam ter interrompido o ciclo da espécie. Além disso, causas naturais como o fim dos períodos de vida de alguns dos cardumes também poderiam ser os responsáveis.
“A mortandade dos peixes aconteceu – coincidentemente – no mesmo dia em que houve uma forte chuva atemporal na cidade. Estávamos já iniciando o período das secas e repentinamente sofremos uma mudança climática brusca. Pode ser que um choque térmico abrupto tenha resultado nas mortes simultâneas, o que seria considerado um comportamento natural – considerando que se trata de um fator da própria natureza. Outra possibilidade seria a existência de compostos químicos abrasivos na tubulação de esgoto do Estado e do governo federal, que ilegalmente usam a lagoa como despejo de coliformes. É crucial também evidenciar que os ciclos de vida dos peixes pertencentes a um mesmo cardume costumam se encerrar em épocas semelhantes, uma vez que em geral eles pertencem a mesma família. Esse processo natural da vida animal poderia ser uma causa. No entanto, independente da circunstância, já estamos monitorando a lagoa, para certificar que problemas desse porte não se repitam”, concluiu Stopa.
Denúncia ao Ministério Público
Para coibir o despejo ilegal da rede de esgoto dos órgãos estaduais e federais na lagoa do Parque das Águas, a Prefeitura de Cuiabá formalizou uma denúncia junto à 17ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente Urbanístico, solicitando a resolução da questão de forma permanente.
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
2 Comentário(s).
|
+Marcelo F 25.05.17 08h00 | ||||
Sobre o Parque das águas, muito bonito, bem policiado, ótima opção de lazer, apenas esta questão do esgoto e uma outra que seria a rampa de acesso ao estacionamento sem corrimão ou proteção, onde crianças dessem de bicicleta, skate com risco de acidente, com queda que pode chegar a uns 3 metros ou mais, se fosse uma obra privada, duvido que tivesse alvará dos bombeiros. Fica a dica antes que alguém se machuque feio. | ||||
|
Rubens 24.05.17 20h45 | ||||
Há uns 20 dias fui lá era visível que os peixem estavam passando mal, ficando todos amontoados, com abrindo e fechando a boca na flor d´água. Não precisa ser especialista para constatar isso. | ||||
|