Parentes e amigos da várzea-grandense Amannda Rodrigues, vítima de um incêndio na Suíça no último mês, farão uma passeata nas ruas de Payerne (comunidade Suíça) no próximo sábado (13), em homenagem à jovem, que tinha 22 anos.
A passeata está sendo organizada pela mãe da vítima, Marcileia Rodrigues, que vem criticando o trabalho do Corpo de Bombeiros da cidade. Ela acredita que houve negligência na ação.
“A justiça será feita, pois creio na justiça suíça. Não penso que o fato deles não terem feito nenhum esforço para salvar a vida da minha filha tenha sido preconceito, mas, sim, despreparo”, disse a mãe da jovem em entrevista ao MidiaNews.
Marcileia disse que sente profunda dor quando relembra o dia da tragédia.
“Quando [os bombeiros] chegaram, não deram a menor atenção aos meus gritos de socorro. A minha filha tinha certeza que seria salva, tanto é que ela parou de conversar comigo para se fechar no banheiro, onde creio que tinha menos fumaça. Molhou uma toalha, colocou na boca e no nariz e se deitou de bruços. Me dói demais relembrar tudo”, contou.
Ela publicou um vídeo, em sua página pessoal no Facebook, em que convida a população a estar presente na passeata.
“Nós vamos todos nos encontrar em frente ao local do acidente. Vamos fazer o cortejo dentro de Payerne e retornar ao local inicial. Vamos fazer uma oração para o espírito dela, em homenagem a ela, antes do dia das mães”, disse Marcileia no vídeo.
“Só posso te dizer que houve negligência. Falta de preparo. E lutarei por justiça até o último dia da minha vida”, completou.
Entenda o caso
A várzea-grandense Amannda Rodrigues, de 22 anos, foi a única vítima de um incêndio no dia 23 de abril, na Suíça.
A morte causou revolta e comoção entre parentes e amigos.
A mãe da jovem publicou um vídeo em que acusava o Corpo de Bombeiros da cidade de negligência.
“Minha filha me ligou quando o incêndio começou e eu levei um minuto para chegar na porta do apartamento dela. Conversei com ela até o último momento. Ainda não tinha fogo no apartamento dela, mas tinha muita fumaça. Dava tempo de terem tirado minha filha de lá com vida, mas foram, primeiro, combater o fogo. Eu gritava, suplicava, aos bombeiros para entrarem e tirarem ela de lá, porque ela não estava mais conseguindo respirar. Minha filha só perdeu a vida por negligência dos bombeiros e dos policiais”, afirmou.
Amanda nasceu em Várzea Grande, mas morou também em Alta Floresta e no Paraná. Morava na Suíça há oito anos. Foi para o País para estudar e ficar perto da mãe que já tinha ido para trabalhar.
A jovem trabalhava como auxiliar de dentista, tinha acabado de terminar o curso de auxiliar e morava sozinha no apartamento. A mãe morava perto e correu para o prédio assim que Amannda ligou dizendo que estava presa por causa do incêndio.
O corpo da menina foi encontrado no chão do banheiro do apartamento com uma toalha no rosto.
No Facebook da mãe, dezenas de pessoas apoiaram seu pedido de justiça.
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1 Comentário(s).
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luis 11.05.17 11h41 |
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