Marilene afirma que Karine a agrediu primeiro

A socialite Marilene Auxiliadora Campos de Miranda, indiciada por tentativa de homicídio junto com sua filha Jacqueline Campos de Miranda por agredir a também socialite Karine Roder, afirmou em seu depoimento à delegada Alana Cardoso, no dia 26 de fevereiro deste ano, que Karine foi quem a agrediu primeiro.

O MidiaNews teve acesso a parte do depoimento, prestado ante do indiciamento. Segundo fontes, Marilene iria acompanhar a filha em um evento escolar do neto e que, no caminho da escola, viu o carro do pecuarista Jorge Pires de Miranda, amasiado de Roder, na frente da clínica Navantino, no bairro Santa Rosa.

Pelo que foi apurado, Jacqueline tentou evitar que a mãe parasse na clínica, mas não conseguiu. Segundo fontes, assim que entrou no estabelecimento, Marilene disse à recepcionista que queria a chave do carro, pois pertencia a seu marido. Nesse instante, a recepcionista pediu para que ela aguardasse, pois iria até a sala de Karine.

Segundo o depoimento de Marilene, como a funcionária estava demorando, ela resolveu ir até a sala onde Karine fazia um tratamento estético, chamado "estimulação russa". Ao chegar na sala, Marilene conta que viu Karine ao telefone, falando com Jorge Pires.

Em seguida, segundo a fonte que forneceu as informações à reportagem, teria se seguido o seguinte diálogo:

- "Eu vim buscar a chave do carro do meu marido", disse Marilene.

- "Seu marido não, meu marido", retrucou Karine.

- "Muito bonito né, meus filhos trabalhando na empresa e você aqui gastando o meu dinheiro", disse Marilene.

Segundo Marilene, nesse instante, Karine, que estava deitada, levantou-se enfurecida e disse: "Seu dinheiro não, meu dinheiro". E em seguida partiu pra cima dela, puxando-lhe os cabelos.

Pelo depoimento, Karine conseguiu bater a cabeça de Marilene na parede, segurando-a pelos cabelos. Com o tumulto, e como as funcionária não conseguiam apartar as duas, Jacqueline teria entrado na sala, dizendo: "Não bate na minha mãe", e dando um tapa na cara dela.

Segundo o boletim de ocorrência, nesse momento Karine caiu sentada na maca, e Jacqueline a segurou pela gola da roupa e lhe deu um soco no rosto.

Julgamento

Atualmente, o advogado das socialites está tentando o "trancamento" do processo. Juridicamente, isso quer dizer que elas querem acabar com o inquérito e evitar que a Justiça se posicione sobre o episódio da agressão.

Atuamente, o inquérito e as investigações sobre o escândalo, que culminou na agressão contra Karine na Clínica Navantino, no Bairro Santa Rosa, encontra-se na 8ª Vara Criminal do Ministério Público Estadual. Há a possibilidade que o inquérito vá para a Vara Especializada em Violência Doméstica e Família Contra a Mulher.