O Ministério da Saúde confirmou, neste sábado (4), o primeiro caso sob investigação por intoxicação por metanol associado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas em Mato Grosso.
Foram até o momento 127 casos no Brasil. Desse total, 11 casos têm confirmação laboratorial e 116 seguem em investigação.
Desse total foram 104 são em São Paulo (11 confirmados e 93 em investigação), 7 casos em investigação em Pernambuco, 4 em investigação no Mato Grosso do Sul, 2 sendo investigados na Bahia, no Goiás e no Paraná, 1 no Distrito Federal, Roraima, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Piauí.
Segundo o Ministério da Saúde, já são 12 mortes, sendo um confirmado no estado de São Paulo e 11 em investigação, sendo 8 em SP, 1 em PE, 1 na BA e 1 no MS.
Em Mato Grosso, a Polícia Militar fechou, no dia 30 de setembro, uma fábrica ilegal de bebidas alcoólicas em Nova Mutum. Uma equipe da Politec foi acionada e analisa o conteúdo para identificar possível adulteração com soda cáustica.
Antídotos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a aquisição de mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol para fortalecer o estoque estratégico do SUS para os casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. A previsão é que os antídotos estejam disponíveis até o final da próxima semana.
As novas ampolas de etanol vão se somar às 4,3 mil unidades entregues aos estoques dos SUS pelos hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A distribuição dos insumos começou neste sábado, contemplando a Bahia, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
“Já tínhamos adquirido 4,3 mil ampolas e agora garantimos mais 12 mil, que serão distribuídas aos centros de toxicologia e hospitais universitários. Essa ampliação assegura que nenhum paciente fique sem acesso ao tratamento adequado”, reforçou o ministro Alexandre Padilha durante coletiva de imprensa em Teresina (PI).
Os dois antídotos - etanol e fomepizol - podem ser utilizados na suspeita de intoxicação e o profissional de saúde não precisa aguardar a confirmação laboratorial. O Ministério da Saúde reforça que a administração deve ser feita exclusivamente sob prescrição e monitoramento médico em um ambiente de saúde.
Além disso, Padilha assegurou que as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde seguem protocolos científicos reconhecidos, com base em evidências. “Seguimos a ciência e as orientações dos especialistas. O etanol farmacêutico e o fomepizol são tratamentos comprovados e reconhecidos pela comunidade médica internacional”, afirmou.
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