Ganhar a vida viajando e conhecendo lugares paradisíacos é o sonho de muita gente, mas privilégio de poucos. Inúmeros carimbos no passaporte e experiências na bagagem fazem parte da coleção do advogado Celso Dorileo, que compartilha suas aventuras pelo Brasil e pelo Mundo em seu perfil no Instagram, que já reúne mais de 100 mil seguidores.
O carioca radicado em Cuiabá conta que, por causa da profissão mais flexível, consegue conciliar o Direito com a vida de viajante e influenciador digital. “Tudo é questão de prioridade. Se meu foco é viajar, toda decisão que tomo tem como base a realização de um pequeno grande sonho, um novo destino”, conta.
A ideia de compartilhar as experiências durante as viagens veio depois que Celso foi para Portugal para um intercâmbio em 2014. Foi lá que ele se apaixonou pela arte da fotografia. “Vi que poderia juntar o útil ao agradável e, ainda, inspirar muita gente a botar o pé na estrada”, afirma.
Até a publicação desta matéria, Celso já tinha viajado para 38 países, entre eles África do Sul, Namíbia, Camboja, China, Vietnã, Chile e República Dominicana.
Celso Dorileo/Instagram
Foto divertida foi tirada durante visita ao deserto da Namíbia, em fevereiro de 2017
A transformação do perfil pessoal em instablog foi algo natural. Na legenda das fotos, Celso escreve um texto com conteúdo sobre o local, que varia entre curiosidades sobre a cultura, descrição de passeios turísticos, dicas de lugares para visitar e relatos das suas experiências.
Grande parte das viagens é no estilo mochilão, que se diferencia dos outros estilos de viagem por ter um roteiro mais “pé no chão” e prático, que pode ser feito sozinho com um custo relativamente baixo em relação à uma viagem tradicional.
Para quem quiser se aventurar em um mochilão, seja pelo mundo ou pelo Brasil mesmo, Celso afirma que o principal ingrediente para o sucesso da empreitada é o desprendimento.
“Penso que para você estar conectado com o universo, pronto para abraçar o Mundo, você precisa aceitar o diferente e se desprender do seu ‘eu’ do dia a dia. A cada mochilão que faço, volto um Celso diferente”, diz.
Muitas histórias – e gafes – para contar
Todo aventureiro que se preze tem alguma boa história para contar, principalmente sobre "perrengues". Desde descer na estação de metrô errada em Budapeste – e ter que pagar 60 euros de multa pelo erro – a ouvir rugido de leões enquanto dormia em uma barraca no meio da savana da Namíbia, ele já passou por poucas e boas durante das viagens.
Celso Dorileo/Instagram
Celso também registra as aventuras em terras mato-grossenses. A foto foi feita na Trilha do Mel, em Chapada dos Guimarães
Uma das situações constrangedores que serviram como aprendizado foi em uma viagem a Paris, quando Celso sentiu na pele a necessidade de aprender um segundo idioma. “Fingi que estava dormindo no avião porque não entendia inglês e tinha vergonha da aeromoça”, conta.
As várias viagens trouxeram experiência na hora de embarcar para os próximos destinos. Erros comuns como levar roupas além do necessário podem prejudicar na hora da locomoção, além de ocupar espaço desnecessário. “Tem como estar bem preparado levando pouca roupa. Se a viagem for muito longa, a dica é levar roupa suficiente para 7 dias e ir lavando quando for preciso”, explica.
Como bom viajante e influenciador digital, Celso tem seus itens essenciais favoritos que estão sempre a mão. Os itens básicos que não podem faltar são porta-moedas, cadeado – para garantir a segurança em armários de hostels, por exemplo, álcool em gel, sacola plástica, uma muda de roupa, que vai sempre na mala de mão, e uma doleira, que é uma espécie de pochete usada por debaixo da roupa, onde normalmente são colocados documentos, dinheiro e cartões.
Além disso, os acessórios tecnológicos não podem faltar. Ele normalmente leva um drone para fazer imagens aéreas, uma câmera à prova d’água, um carregador de celular portátil e um HD externo, para poder salvar todos os registros.
Para quem ficou com vontade de conhecer uma nova cultura mas está preocupado com os custos de uma possível viagem, Celso dá a dica. “Indico conhecer a Tailândia. O lugar proporciona uma infinidade de experiências, praias paradisíacas, templos com uma energia surreal e tudo isso por um preço bem amigo”, aconselha.
Mas para quem ainda não tem passaporte e quer se aventurar em algum lugar mais perto, ele é categórico. “Se o mato-grossense soubesse a beleza que existe por aqui, primeiro desbravaria tudo o que está ao seu alcance aqui mesmo para só então partir para esse mundão afora”, afirma.
Para quem quiser ficar por dentro das próximas viagens, pode acompanhar Celso Dorileo em seu perfil no Instagram: @celsodorileo
