“Não pensei que fosse chegar esse dia”, diz amiga de cuiabana

A advogada Marcela Bakit comemorou a prisão do empresário Rodrigo del Valle Mijac, suspeito de ter assassinado a modelo cuiabana Nayara Vit, de 33 anos, em julho de 2021 no Chille.

“Estou muito emocionada, não pensei, honestamente, que fosse chegar esse dia. Tem sido muito doloroso, estou sem acreditar que isso aconteceu depois de tanto tempo”, disse a advogada, uma das melhores amigas de Nayara, em entrevista ao programa Mucho Gusto da TV chilena.

Muito próxima de Nayara, Marcela passou a ter mais contato com família dela, que mora no Brasil, após a morte.

“A mãe dela está destroçada, ontem soube da mesma maneira que eu, intempestivamente. De fato não acreditava, está devastada e não consegue falar com ninguém”, afirmou.

“Por videochamada, não conseguimos falar, apenas chorávamos, dizendo ‘era verdade, era verdade’. Que tínhamos razão e mais do que razão, as nossas convicções”.

Segundo Marcela, desde o primeiro dia, a história não se encaixava. “A convicção era que ela não havia cometido suicídio nem era um acidente. Talvez por intuição, por conhecê-la”.

A advogada afirmou que nem em seu pior dia viu qualquer indício de ideação suicida em Nayara. “Ela se levantava, era forte, alegre, amava a vida”.

O sonho da cuiabana, segundo ela, era ver a filha crescer e se casar. “Era o que mais sonhava, estar com a sua filha e vê-la crescer”.

Com a prisão do empresário, mesmo que depois de quase dois anos, o alívio agora é poder chamar o crime pelo nome.

“Agora isso é o que podemos dizer, que ela foi assassinada”.

Rodrigo está em audiência desde o meio dia, para definir se a prisão preventiva será mantida.

O caso

Nayara estava casada havia oito meses com Rodrigo e morreu após cair do 12º andar do edifício onde morava, no dia 8 de julho de 2021.

À época, o marido de Nayara contou que ele estava na sala do apartamento dele quando ela passou correndo e se jogou da janela.

Os familiares da cuiabana logo desconfiaram da versão e usaram as redes sociais para cobrar investigações rigorosa sobre o caso.

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