Cuiabá, Segunda-Feira, 22 de Setembro de 2025
CASO KAYTTO
18.04.2009 | 19h04 Tamanho do texto A- A+

Para a Polícia, confissão revela que pedreiro é um maníaco sexual

Acusado de violentar e matar estudante, Edson Delfino relatou à polícia os passos até a consumação do crime

Album de Família

O garoto Kaytto, vítima do pedreiro Edson Delfino, que, para a polícia, revelou que é maníaco sexual

O garoto Kaytto, vítima do pedreiro Edson Delfino, que, para a polícia, revelou que é maníaco sexual

ADILSON ROSA
DIÁRIO DE CUIABÁ

Em depoimento à Polícia Civil, na madrugada de sexta-feira (17), o pedreiro Edson Alves Delfino, 29, relatou que planejou estuprar o garoto Kaytto Guilherme do Nascimento Pinto, 10, e só o matou porque o menino ameaçou contar para os pais.

Em interrogatório ao delegado Márcio Pieroni, ele disse que se interessou pelo garoto no período em que trabalhou na reforma da portaria no prédio onde o menino morava. O contato com Kaytto não terminou por aí, já que ele fez um trabalho para o pai da vítima.

Na última segunda-feira (13), Edson aproveitou que Kaytto iria para a escola e o abordou no ponto de ônibus. De moto, ele levou o garoto para um matagal nas proximidades do Tribunal de Justiça, na região onde o menino morava.

Após violentar sexualmente o garoto, resolveu matá-lo, pois Kaytto ameaçou contar para os pais. Edson, então, estrangulou o garoto e jogou o corpo no matagal. Antes de fugir, ainda colocou a mochila nas costas da vítima. "Ele se mostrou frio e calculista. Um maníaco, psicopata", observou um dos presentes ao interrogatório.

Ele executou de forma semelhante o garoto Anderson Silva Oliveira, 8, no dia 22 de novembro de 1999 em Primavera do Leste (240 km a leste de Cuiabá). Pelo crime, foi condenado a 48 anos de prisão e há seis está em liberdade.

Para espanto dos policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele analisou friamente os dois crimes. "Só houve uma diferença. Neste caso aqui (Kaytto), ainda mantive diálogo e no outro (em Primavera do Leste), fiz a abordagem", relatou.

A confissão dos dois crimes levou a polícia a não ter mais dúvidas de que o pedreiro é um maníaco sexual. Em sua ficha criminal consta um terceiro caso de pedofilia. Em janeiro de 2000, um outro menor foi estuprado e assaltado, também em Primavera do Leste. "Essa vítima, no caso a segunda, conseguiu escapar e sobreviveu", completou um policial. Edson negou que tivesse tentado estuprar o garoto. "Nem julgado fui por esse crime", disse.

Suspeita

Edson levou os policiais até o local onde deixou o cadáver. O delegado plantonista Antônio Carlos Garcia informou ter solicitado exame de ato libidinoso para comprovar a violência sexual. Edson foi autuado em flagrante por atentado violento ao pudor, homicídio e ocultação de cadáver.

A polícia suspeitou do pedreiro ao levantar a ficha criminal de todos os funcionários que trabalharam no residencial e tiveram algum tipo de contato com Kaytto. Nesse momento, soube-se que no prédio trabalhara alguém com um histórico de crime sexual contra criança.

A partir daí, os policiais saíram à procura do suspeito e descobriram que ele estava fugindo de ônibus em direção a Campo Grande (MS). Com a ajuda da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele foi preso na Serra de São Vicente (74 km ao Sul da Capital).

Ele teria partido da rodoviária de Cuiabá por volta de 14 horas para a fuga rumo ao Estado vizinho. No dia anterior, teria vendido uma motocicleta por R$ 500. E não compareceu a semana toda a uma obra onde prestava serviço em Cuiabá, indo ao local apenas no dia do pagamento.

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