Cuiabá, Quinta-Feira, 23 de Outubro de 2025
OPERAÇÃO GAFANHOTO
01.04.2009 | 13h05 Tamanho do texto A- A+

Pedido do MPE para no Tribunal e Uemura continua livre

Acusado de chefia grupo criminoso, empresário está "preso" em casa

Midianews

Comercial Uemura, no bairro do Porto, em Cuiabá, onde estaria a central criminosa apontada pelo Gaec

Comercial Uemura, no bairro do Porto, em Cuiabá, onde estaria a central criminosa apontada pelo Gaec

BRUNO GARCIA
DA REDAÇÃO

Apesar da gravidade da denúncia feita pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), apontando o empresário no ramo do hortifrutigranjeiro Júlio Uemura como chefe de uma organização criminosa, o acusado continua cumprindo prisão em regime domiciliar. Uemura desfruta do privilégio, após decisão do desembargador José Luiz de Carvalho, no dia 10 de março.

O Ministério Público Estadual (MPE) se manifestou a favor do retorno de Uemura para prisão, em parecer emitido pelo procurador de Justiça, Waldemar Rodrigues dos Santos Júnior, no dia 23 de março. O processo encontra-se na Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, tendo como relator o desembargador José Luiz de Carvalho. O processo tramita no Judiciário em segredo de Justiça.

O pedido do MPE, em conformidade com os requisitos do artigo 117 da Lei de Execuções Penal, que estabelece o regime domiciliar, foi apresentado no Pleno do Tribunal de Justiça, mas segundo informações, foi pedido vista do procedimento que solicita cassação da liminar deferida pela Justiça, em favor do acusado Júlio Uemura.

Parecer

O procurador Waldemar Rodrigues entendeu que as enfermidades apresentadas em laudo atestado pelo médico Ivo Delojo Moraes (que não faz parte do Sistema Prisional), não configuram como impossíveis da assistência médica no estabelecimento prisional da prisão.

"O laudo médico apresentado revela, dentre outras enfermidades, diabetes melitus e hipertensão sistêmica, doenças plenamente tratáveis dentro do sistema prisional", afirmou parte do parecer do procurador. Atualmente, na Polinter, existem 31 reeducandos com o mesmo problema de saúde apotado como existente em Júlio Uemura.

O promotor ainda conclui que após expor uma série de argumentos e revelações, "vê-se que a manobra proposta pela defesa do paciente [Júlio Uemura] caí por terra, posto estar definitivamente comprovado que a saúde do mesmo não corre nenhum risco".

Prisão

Na Operação Gafanhoto, realizada no dia 04 de março, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Geco) desbaratou o grupo criminoso supostamente chefiado por Uemura, quando também foram presos: Rene dos Santos Oliveira, Ronaldo Luiz Mateus, Lupércio Augusto de Campos (Teco), Onésimo Martins de Campos (Poconé), Ailton Fernandes de Oliveira (Berimbau), Francisco Lourenço (Chicão) e Edivaldo Tavares Vilela (Corda).

Denunciados

1) Kazuoyoshi Uemura ("Júlio Uemura") - preso
2) Renê dos Santos Oliveira - preso
3) Laerte Botelho Feijó
4) Ronaldo Luiz Mateus - preso
5) Lupércio Augusto de Campos (Teco) - preso
6) Durvalino Amaral da Silva
7) Valdomiro Fernandes da Silva
8) Onésimo Martins de Campos (Poconé) - preso
9) Ailton Fernandes de Oliveira (Berimbau) - preso
10) Francisco Lourenço (Chicão) - preso
11) Edivaldo Tavares Vilela (Corda) - preso
12) Francisco Fernandes Sobrinho (Nandinho)
13) Roseli Aparecida de Souza (Rose)
14) José Firmino da Silva
15) José Aparecido Boleta
16) Waldecir Lohn
17) Erivaldo Vicente Pereira Junior
18) José Ferreira dos Santos
19) Ronaldo Alves de Oliveira
20) Rafael Junior da Silva Camargo
21) Lucas Farias de Souza
22) Walter Machado Rabello Junior
23) Adelbar Castellaro Junior (Leão)

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