Cuiabá, Terça-Feira, 24 de Junho de 2025
MONSTRO DE SORRISO
30.11.2023 | 16h25 Tamanho do texto A- A+

Pedreiro que matou mãe e filhas assassinou jornalista em Goiás

Crime ocorreu em 2013 em Mineiros; Osni Mendes foi enforcado até a morte e teve seu carro roubado

Reprodução/JK Notícias

Gilberto Rodrigues dos Anjos foi preso em uma obra ao lado da casa das vítimas, em Sorriso

Gilberto Rodrigues dos Anjos foi preso em uma obra ao lado da casa das vítimas, em Sorriso

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, preso pelos assassinatos de uma mulher e suas três filhas em Sorriso, na segunda-feira (27), era procurado pelas Justiça de Mineiros (GO) pelo latrocínio do jornalista Osni Mendes.

Gilberto encontra-se custodiado cautelarmente há mais de 160 dias e não há acusação regularmente formulada

 

Segundo o G1 de Goiás, que teve acesso ao inquérito e à denúncia do caso, a vítima e Gilberto teriam se conhecido em um bar na madrugada de 22 de dezembro de 2013.

 

Conforme o processo, após um tempo de conversa, Osni decidiu ir a outro bar e ofereceu carona a Gilberto. No trajeto, o jornalista teria dito que queria urinar, parado o carro, e pedido que o pedreiro também descesse para “esticar as pernas”.

 

Assim, já fora do veículo, Gilberto teria alegado que Osni tentou beijá-lo à força, momento que a vítima foi empurrada por ele e recebeu diversos socos no rosto. Os dois então teriam começado a brigar, até que Osni foi nocauteado.

 

Depois de desacordar a vítima, ainda conforme a acusação, Gilberto tirou a camisa do jornalista e o matou enforcado ainda na rua. Em seguida, ele roubou o carro de Osni e fugiu para a chácara de um amigo.

 

Gilberto só foi preso cinco dias depois. Segundo a imprensa local, nesse meio tempo o acusado utilizou o carro da vítima para buscar cervejas. Quando foi localizado pela Polícia em um bar, o pedreiro assumiu a autoria do crime. 

 

Prisão, relaxamento e fuga

 

De acordo com o portal, Gilberto foi preso preventivamente na época e ficou mais de 5 meses detido. Em junho de 2014, ele teve que ser colocado em liberdade pela demora na conclusão do inquérito sobre o crime.

 

“Gilberto encontra-se custodiado cautelarmente há mais de 160 dias e não há acusação regularmente formulada pelo Estado em seu desfavor”, considerou o juiz Fábio Vinícius Gorni, na época, ao conceder o relaxamento.

 

Um tempo depois, houve uma intimação para que Gilberto prestasse esclarecimentos sobre o caso, mas ele já não foi mais encontrado. 

 

Conforme o G1, somente mais de três anos depois, em 24 de janeiro de 2018, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra ele, que só foi cumprida neste ano, na segunda-feira (27), em Sorriso.

 

A chacina de Sorriso

 

O crime em Sorriso ocorreu na sexta-feira (24), quando Gilberto, que trabalhava e morava em uma obra ao lado da casa das vítimas, invadiu o imóvel por uma janela do banheiro. Segundo a Polícia, o pedreiro teria dito que queria somente furtar objetos.

 

Porém, ele teria sido flagrado por Cleci Calvi Cardoso, de 47 anos, e os dois começaram a lutar, momento em que uma caixa com talheres teria caído no chão. Ele então teria pego uma faca, que utilizou para esfaquear a mulher.

 

Em seguida, Gilberto esfaqueou Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, que tentou ajudar a mãe, e a adolescente de 13 anos. A outra menor, de 10 anos, foi asfixiada por ele até a morte. Cleci, Miliane e a adolescente ainda foram estupradas pelo pedreiro, afirmou a Polícia.

 

Depois do crime, Gilberto pegou peças de roupas íntimas das vítimas, saiu pela janela, e retornou à obra. Os corpos de mãe e filhas só foram descobertos na segunda-feira (27), quando o pedreiro foi preso na construção.

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

alexandre  01.12.23 09h04
o juiz não podia ter mandado ofício para o mp e a civil sobre a questão do tempo da prisão cautelar antes de liberar o cidadão?
19
1
Carlos Gomes   30.11.23 20h53
INFELIZMENTE ESSE CIDADÃO NÃO ESTAVA NOS ATOS GOLPISTAS. COM CERTEZA ESTARIA PRESO, NÃO IRIA COMETER ESSES HOMICÍDIOS. INFELIZMENTE É SIM QUE FUNCIONA A JUSTIÇA. ELA ESTÁ VENDADA.
20
5
Carlos Eduardo  30.11.23 18h56
Um papel vale mais que uma vida! Só no Brasil mesmo… Se não tem processo, deixa apodrecendo, não tem defensor público? O cara mata e solta pq não tem papel escrito???? É o fim mesmo
17
0
Edson  30.11.23 17h09
A justiça brasileira em todas em suas instâncias fazendo oque faz de melhor, nadaaaaaa, parabéns a morte dessas mulheres inocentes recaem sobre a imcopentência de vocês.
79
2
Henrique amorim   30.11.23 17h01
Você disse tudo Sergio alberto pereira. concordo contigo. incompetência e omissão da justiça brasileira. se fosse em um pais serio, isso não teria acontecido.
83
1