O pedreiro Edson Alves Delfino confessou à polícia, na sexta-feira (17), ter violentado e assassinado o estudante Kaytto Guilherme do Nascimento Pinto, de 10 anos, na segunda-feira (13), dia em que o garoto desapareceu. Ele levou os policiais ao local onde deixou o corpo, um matagal nas proximidades do Residencial Paiaguás, onde o menor morava.
Edson já havia sido condenado por crime idêntico ocorrido em 1999 no interior do Estado, mas estava em liberdade condicional. O sumiço de Kaytto mobilizou a Capital esta semana.
O acusado foi preso na sexta à tarde, na Serra de São Vicente, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em um ônibus que seguia rumo a Campo Grande (MS). Uma equipe da Polícia Civil, com o delegado Antônio Garcia, conduzia o suspeito para Cuiabá à noite, onde o criminoso apontaria o local em que enterrou a vítima e prestaria depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).
Até por volta das 21h, a angústia da família era saber se Kaytto estava vivo. Com a notícia de que o pedreiro confessara o crime, os familiares entraram em estado de choque. Ao ser informado sobre o fato, o pai do menino, Jorgemar Pinto, deixou a DHPP chorando.
Edson Delfino trabalhou como porteiro no Residencial Paiaguás e teria instalado uma pia na cozinha do apartamento da vítima. Edson teria conquistado a confiança do menor na época, proximidade que pode ter facilitado o crime.
A polícia suspeitou do pedreiro quando levantou a ficha criminal de todos os funcionários que trabalharam no residencial e tiveram algum tipo de contato com Kaytto. A partir deste momento, soube-se que no prédio trabalhara alguém com um histórico de crime sexual contra criança.
A suspeita tornou-se mais forte com a elaboração do retrato-falado, a partir do relato de uma testemunha que viu Kaytto conversando com o homem no ponto de ônibus no dia do desaparecimento. A conversa, segundo uma testemunha, era de duas pessoas que aparentavam vínculo de amizade. Ao verem a ilustração, familiares perceberam a semelhança com a fisionomia de Edson Delfino.
Com a participação de delegados da Polícia Civil, profissionais do Conselho Tutelar colaboraram para chegar ao suspeito, desvendando o modo de atuação do criminoso. Com a descoberta do nome do pedreiro e com uma denúncia anônima de que ele estava fugindo da cidade, os investigadores acionaram a PRF, que passou a fazer barreiras e parar os ônibus nas rodovias do Estado.
Ele teria partido da rodoviária de Cuiabá por volta de 14 horas para a fuga rumo ao Estado vizinho. No dia anterior, teria vendido uma motocicleta por R$ 500. E não compareceu a semana toda a uma obra onde prestava serviço em Cuiabá, indo ao local apenas no dia do pagamento. A atitude teria levantado a suspeita do patrão.
Reincidência
A ficha criminal de Edson fez aumentar os indícios de seu envolvimento no sumiço de Kaytto. O pedreiro foi condenado na Justiça por violentar e matar uma criança também de 10 anos de idade na cidade em Primavera do Leste há 10 anos.
"No dia 20 de novembro de 1999, naquela cidade, abordou a vítima e mediante pagamento de R$ 5,00 chamou-a para procurar uma sacola naquelas imediações. Em seguida, colocou-a em sua bicicleta, levando-a até uma mata próxima com a intenção de praticar sexo anal. Daí, após manter a relação pervertida, a vítima começou a gritar e para ocultar o crime deu-lhe vários golpes com um pedaço de madeira, até matá-la", traz um trecho de uma decisão de recurso do Tribunal de Justiça.
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10 Comentário(s).
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Ana Pula 11.04.10 10h30 | ||||
Só prendelo não é a solucão por que outros cassos desse virão.como faser para que esses caso não acomtessa temos que achar um tratamento para esses tipos de pessoas na prisão não jugalos colocarmos presos por algum anos e depois soltalos temos que achar uma soloção jah...' | ||||
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Ana Pula 11.04.10 10h25 | ||||
só prendelo não é a solucão por | ||||
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Rogério 19.04.09 12h11 | ||||
Para criminosos como este deveria existir no Brasil Pena de Morte. | ||||
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ALACIR DE MIRANDA SCHURING 18.04.09 16h01 | ||||
E DURO SABER QUE NAO ESTAMOS SONHANDO EM OUVIR ESSA NOTICIAS. COMO E TRISTE E DOIDA COM SERÁ QUE ESTÃO ESSA MAE E ESSE PAI? A POLICIA QUANDO QUER TRABALHAR DESVENDA RAPIDINHO. EU TAMBEM ANDO MUITO TRISTE COM MORTE DE MAXIMO LUCENA SCHURING, QUE NEM OCORRENCIA O P. SOCORRO E POSTO POLICIAL FIZERAM. PRECISOU A FAMILIA FAZER E A IMPRENSA SILENCIOU. ELE TAMBEM MORREU MATADO. | ||||
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Emanuel Pinheiro 18.04.09 13h12 | ||||
Até quando teremos que conviver com assassinatos brutais como esse. Criança inocente, pura, vítima de um déspota, maníaco incurável, irrecuperável,frio, sanguinário e torpe. A justiça não pode deixar monstros como esse em liberdade. A revolta que nos comove nesse momento nos leva imediatamente a pensar na justiça com as próprias mãos. Mai DEUS é maior e a justiça tem que fazer JUSTIÇA. | ||||
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