Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
CORRUPÇÃO NA FRONTEIRA
24.04.2012 | 15h25 Tamanho do texto A- A+

PM exonera soldados acusados de ligação com contrabando

Três militares foram acusados pelo Gaeco de facilitar crime na divisa com a Bolívia

Guilherme Filho/Secom-MT

Soldados expulsos eram do Gefron, que faz a segurança na fronteira de MT com a Bolívia

Soldados expulsos eram do Gefron, que faz a segurança na fronteira de MT com a Bolívia

DA REDAÇÃO
Tres soldados PMs lotados no Grupo Especial de Segurança da Fronteira (Gefron)  foram exonerados pelo Comando da Polícia Militar, conforme ato de dispensa publicado na edição do Diário Oficial que circula nesta terça-feira (24).

R. G. O., H. D. M. e E. N. J. são acusados de permitir a entrada de sacoleiros através da fronteira de Mato Grosso (região da Grande Cáceres) com a Bolívia com produtos contrabandeados, em 2007.

Os três respondem pelos crimes de corrupção, descaminho e formação de quadrilha.

As investigações foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual.

Na ocasião, o Gaeco denunciou 10 PMs, mas somente três foram condenados. Ficou comprovado o envolvimento de sete lojistas e sacoleiros de Cuiabá, Cáceres e São José dos Quatro Marcos com os 10 policiais militares, que estão presos por liberar a passagem de contrabando na fronteira.

Conforme o Gaeco, pelo esquema de corrupção, que funcionava no “Posto do Limão”, a menos de 100 quilômetros da cidade de Cáceres, os PMs faziam a ligação entre os lojistas, recebiam o dinheiro e depois repassavam aos demais policiais envolvidos no esquema.

As investigações apontam que policiais mantinham uma espécie de tabela de preços, que previa cobrança de acordo com o volume e tipo de produto que seria atravessado.

Os preços variavam de R$ 200 a R$ 2 mil. Para atravessar uma sacola de roupas, por exemplo, cobravam R$ 400. Já se o contrabando fosse de produtos mais caros e em mais sacolas, não sairia por menos de R$ 1,5 mil.

Policiais e lojistas combinavam, por telefone, dia e hora da travessia, mas o valor da “taxa” somente era definido pela observação do volume transportado. O Gaeco investigou o esquema durante 12 meses.

Pela quebra do sigilo bancário, o Gaeco descobriu também que policiais com salário de menos de R$ 2 mil movimentavam mais de R$ 10 mil por mês.

Os acusados negaram envolvimento no esquema, mas nenhum deles conseguiu justificar os depósitos e saldo bancários incompatíveis com a renda na corporação.

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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vanilton quintino de oliveira  25.04.12 13h20
é uma vergonha,eles não tem nome né coronel,mostra pra sociedade quem são estes corruptos.
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mauro  25.04.12 10h11
a dia em que mudarem as leis penais brasileiras, acabar com fiança, voces vão ver esse pessoas ficar com medo de praticar crimes...
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JONATAN  25.04.12 07h49
JONATAN, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
mayara  25.04.12 07h14
mayara, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Denis  24.04.12 19h30
Como sempre a imprensa prestando um papel maquiado,pois é sabido na Corporação que a exclusão de praças remete a idéia à sociedade que há justiça,todavia sabemos que muitos oficiais envolvidos em crimes barbaros são aposentados rapidamente e a corporação nem toca no assunto. "PARA O SÁBIO NÃO BASTA SABER ALGO É PRECISO ENTENDER".
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