Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
CASO JULIENE
11.07.2012 | 16h02 Tamanho do texto A- A+

Polícia Civil aguarda perícia para concluir inquérito

Jovem foi executada por enforcamento no mês de maio, no CPA II

MidiaNews/Facebook

Morte de Juliene causou revolta na comunidade do bairro CPA, em maio

Morte de Juliene causou revolta na comunidade do bairro CPA, em maio

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) está realizando novas diligências para concluir o inquérito que apura a morte da vendedora Juliene Anunciação Gonçalves, 20.

A delegada Anaíde de Barros, responsável pelo inquérito, informou por meio de assessoria, que vai tomar depoimento da prima de Juliene e também de algumas amigas da jovem. A intenção é levantar informações sobre a rotina da garota.

A jovem foi assassinada no dia 28 de maio passado. Ela foi morta por estrangulamento e teve seu corpo pendurado, por uma calça jeans, em uma grade no miniestádio do Botafogo, no bairro CPA.

O crime brutal gerou revolta na região da Morada da Serra.

De acordo com Anaíde, para dar seguimento às investigações, é necessário que laudos periciais sejam concluídos. As análises são realizadas pela Perícia Técnica do Estado (Politec).

Entre os laudos aguardados estão o de conjunção carnal, para comprovar se houve abuso sexual, além do laudo que analisa da cena do crime.

Até o momento, foram concluídos os laudos de necropsia e o toxicológico.

Os peritos retiraram mostras de sangue, secreção vaginal e de resíduos encontrados sob as unhas de Juliene. A delegada aguarda a análise desse material para solicitar novas diligências, como coleta de material genético do suspeito.

O Ministério Público Estadual (MPE) devolveu o inquérito à DHPP, para que sejam anexados os laudos periciais e deu um prazo de 90 dias para conclusão.

Liberação do suspeito

Devido à demora na conclusão dos laudos periciais, o principal suspeito de cometer o crime, o vendedor de motos Antônio Rodrigues Silva dos Santos, 25, acabou sendo liberado pela Justiça no dia 27 de junho.

A juíza titular da 12º Vara Criminal da Capital, Maria Aparecida Ferreira Fago, entendeu que manter o acusado preso, sem provas técnicas e com base somente em indícios, representava constrangimento ilegal, por excesso de prazo. Por isso, determinou a soltura.

Segundo investigações da Polícia Civil, o vendedor estava no mesmo pagode que Juliene, na noite em que a jovem foi assassinada. No final da festa, ela e um primo pegaram carona com Antônio.

O primo de Juliene foi deixado em casa primeiro, Juliene teria continuado no carro com o vendedor e, depois, não foi mais vista.

Policiais encontraram o celular dela dentro do carro de Antônio. Ele negou que tenha cometido algum crime contra a jovem.

Revolta familiar

Familiares e amigos da jovem Juliene  realizaram uma manifestação no dia 30, o "2º Grito por Justiça". 

Os pais da garota disseram que a manifestação foi uma forma encontrada para chamar a atenção das autoridades envolvidas nas investigações, para acelerar a apuração do caso.

A maior reclamação da família é a demora no resultado da perícia, que ainda não foi apresentado.

“Vamos continuar lutando por justiça, se não a justiça do homem, será a justiça de Deus”, disse o pai da garota, Júlio Gonçalves.

Lucas Bólico/Olhar Direto




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