Cuiabá, Terça-Feira, 19 de Agosto de 2025
LEI PAULO GUSTAVO
19.08.2025 | 15h22 Tamanho do texto A- A+

Produção selecionada em edital da Secel terá filmagens em Cuiabá e Chapada

A minissérie, O Portão do Inferno-Casos Arquivados, retrata crimes reais investigados em arquivos históricos e transformados em ficção

Zadoque Nathan

Ilustração

DA REDAÇÃO

As filmagens da minissérie, o Portão do Inferno–Casos Arquivados já foram iniciadas.

 

Aprovado no edital Cinemotion Audiovisual da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel), Lei Paulo Gustavo, a obra está sendo filmada inteiramente entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, com elenco e equipe majoritariamente locais. 

 

O Portão do Inferno é uma experiência audiovisual sensorial e política.

 

A narrativa se desdobra entre os anos 1940 e tempos mais atuais, a partir de crimes reais investigados em arquivos históricos e transformados em ficção.

 

O roteiro não linear constrói um quebra-cabeça de imagens e silêncios, onde passado e presente se atravessam e assombram mutuamente.

 

A maior parte das cenas será gravada à noite, com locações em casarões históricos de Cuiabá, trechos da estrada para Chapada dos Guimarães e em uma chácara às margens do Rio Coxipó.

 

A atmosfera e o uso da estética barroca ajudam a moldar o tom sombrio da trama, que investiga os limites da justiça, da memória e da identidade social.

 

“Queremos que cada detalhe da obra convoque a arte mato-grossense. Que as pessoas vejam a série e sintam cheiro de terra, de rio, de Centro Histórico. Que reconheçam sons, nomes, lugares”, ressalta o roteirista, Jefferson Neves.

 

“Que, ao mesmo tempo, se surpreendam com a linguagem ousada, com a quebra de tempo, com a força poética de quem cria a partir da margem. O Portão do Inferno não é um produto, é um manifesto sensível”. 

 

O elenco é formado por artistas reconhecidos da cena cultural mato-grossense, como Vera Capilé, Ilto Silva, Maria Clara Bertulio, Millena Machado, Bia Corrêa e Carolina Argenta, além da participação especial da atriz Maria Zilda, um dos nomes mais marcantes da televisão e do cinema brasileiros.

 

A presença da artista dialoga com a proposta de unir talentos locais a referências nacionais, ampliando o alcance da obra.

 

A minissérie terá 4 episódios, estreia prevista para dezembro deste ano, sendo que as gravações seguem até 4 de setembro. O audiovisual será exibido gratuitamente em data a ser divulgada. 

 

“Essa minissérie é uma obra que atravessa linguagens e propõe uma escuta sensível do território. É sobre o que foi apagado, mas também sobre o que resiste. E o audiovisual, quando feito com profundidade e conexão com o lugar, pode ser esse catalisador de memórias e futuros”, afirma o diretor Luiz Marchetti.

 

A obra é uma adaptação do livro homônimo do escritor negro cuiabano Jefferson Neves, publicado pela Entrelinhas Editora. Ele também é responsável pelo roteiro e a trilha sonora original. A direção é do cineasta mato-grossense Luiz Marchetti.

 

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