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08.09.2015 | 17h20 Tamanho do texto A- A+

Professores suspendem greve em Cuiabá; aulas retornam na 4ª

Categoria aceitou proposta da Prefeitura, que prevê aumento salarial de 2,3%

Marcus Mesquita/Midia News

Profissionais da Educação de Cuiabá decidiram por fim da greve nesta terça-feira (8)

Profissionais da Educação de Cuiabá decidiram por fim da greve nesta terça-feira (8)

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
Os professores e técnicos da rede municipal de Educação de Cuiabá decidiram, em assembleia-geral realizada na tarde desta terça-feira (8), na Praça Alencastro, no Centro da Capital, suspender a greve geral iniciada no dia 31 de agosto.

Os profissionais, entretanto, permanecem em estado de greve. O próximo ato público está agendado para o dia 22 de outubro. Já as aulas, retornam nesta quarta-feira (9).

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) de Cuiabá se comprometeu a se reunir, ainda nesta semana, com a Secretaria Municipal de Educação para definir um calendário para a reposição das aulas perdidas.

"Decidimos encerrar a greve hoje, mas permaneceremos em estado de greve para cobrar que a Prefeitura apresente um calendário de obras nas unidades escolares que precisam de reforma"


Na assembleia desta terça-feira, a categoria aceitou a proposta da Prefeitura Municipal de reajustar o salário em 2,3%.

Eles pediam um reajuste salarial de 3%, somados ao índice inflacionário de 9,31%.

Conforme o presidente do Sintep, João Custódio, os profissionais também conseguiram a realização do concurso público para a carreira com a publicação do calendário em setembro, a revisão da lei orgânica da categoria, cursos de qualificação com início em janeiro de 2016 e a publicação de processos referentes à aposentadoria, recebimento de férias e licenças-prêmios.

A única reivindicação da classe que não foi atendida, segundo o presidente, é com relação a reformas das unidades escolares.

Atualmente, segundo ele, mais de 50% das 75 escolas e creches de Cuiabá estão em estado precários e precisam passar por alguma intervenção.

Os principais problemas estruturais nas unidades de ensino são na rede elétrica, telhados e banheiros.

“Decidimos encerrar a greve hoje, mas permaneceremos em estado de greve para cobrar que a Prefeitura apresente um calendário de obras nas unidades escolares que precisam de reforma”, afirmou.

Marcus Mesquita/MidiaNews

Presidente do Sintep de Cuiabá, João Custódio, afirmou que profissionais continuarão em estado de greve

“O ato público agendado para o dia 22 de outubro tratará especificamente desta reivindicação, da qual a Prefeitura de Cuiabá apresentou nenhuma proposta contundente com as necessidades das escolas e creches da Capital”, completou.

A greve

A greve da educação começou na segunda-feira (31). No dia seguinte (1º), representantes da Prefeitura e do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), subsede Cuiabá, se reuniram na Central de Conciliação e Mediação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Após a reunião, a prefeitura fez uma contraproposta oferecendo 2,31% de ganho real a partir de janeiro de 2016, o que corresponde a 70% do que a categoria vem pleiteando, que era de 3% de ganho real. A proposta, no entanto, foi rejeitada pela maioria da categoria reunida em assembleia

No dia seguinte, dia 2, a desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho declarou a ilegalidade da greve porque o sindicato deixou de cumprir com os requisitos legais para o movimento

É que a Lei 7.783 de 1989 determina que a Prefeitura deveria ter sido notificada da greve em um prazo mínimo de 72 horas antes do início da paralisação, oque não ocorreu.

Segundo a desembargadora, a paralisação só se justificaria se as negociações entre as partes estivessem esgotadas, e não foi isso o que aconteceu.

Nilza Pôssas afirmou, em sua decisão, que a paralisação prejudica 46 mil alunos e determinou o retorno imediato dos professores, além de estipular na ocasião multa diária de R$ 1 mil.

A decisão, entretanto foi ignorada pelos profissionais em assembleia realizada no dia seguinte.

No dia 5, a magistrada aumentou a multa diária aplicada aos professores e servidores da educação de Cuiabá para R$ 10 mil.

Leia mais sobre o assunto:


Justiça aumenta multa e exige retorno imediato de professores


Professores contrariam Justiça e mantêm a greve em Cuiabá

Prefeitura faz uma nova proposta aos professores em greve

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Marcus Mesquita/MidiaNews

Protesto de Professores de Cuiabá

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Daiana  09.09.15 12h26
Enquanto pai de aluno, o senhor deveria cobrar dos gestores públicos o direito a educação de qualidade. E enquanto cidadão deveria estar mais antenado sobre a realidade que o cerca. Diga-me se uma classe de alfabetização (1º ano) com 30 alunos ou uma turma de educação infantil com 26 alunos (4 anos) sem ar condicionado e com 1 ventilador de teto funcionando é ambiente adequado para o desenvolvimento integral de alguém? Sem contar, que nem bebedouros descentes têm. Nessas condições não é difícil encontrar crianças passando mal, desmaiando, sangrando pelo nariz, reclamando de dores de cabeça, sem contar na inquietação que toma conta da sala e adivinha quem vai socorrer??? O senhor tem razão em falar que é pouco, dá vergonha pedir assim tão pouco, mas mais vergonha ainda deve sentir nossos gestores em não pagar. Se for pouco ou muito não interessa é nosso direito, pois caso não tenham percebido o gás de cozinha aumentou, a tarifa do transporte coletivo também, dentre tantas outras coisas. E não foi só pelos 3.9 que fizemos a greve foi também por melhores condições de trabalho, mas talvez quando alguma escola desabar sobre nossas cabeças percebam quão preocupante é a situação de um grande número de unidades educacionais. E ao outro senhor só tenho a dizer que uma escola não é feita somente por professores, uma escola de qualidade, precisa de professores de qualidade, alunos e pais responsáveis, ou seja, todos tem que cumprir para com seu papel, pois senão meu caro... O senhor está certo em dizer que há professores com baixa qualidade, isso acontece em toda profissão, assim como existem péssimos pais e alunos. Lembrando que professor não é mágico... Professor é professor!
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fabio  09.09.15 09h07
Não sou contra greve, mas greves como estas sem objetivos, focos e sem ganho real nunca vou apoiar. Na greve os maiores prejudicados sempre são os alunos. Parar toda uma estrutura educacional por conta de 2,3% dividido em 2x que não da um ganho real nem de $ 10,00 por mês. Nunca vi em nenhuma greve os professores repor totalmente os dias parados. Eu como pai de aluno gostaria que a Secretaria Municipal de Educação cobrasse de forma mas séria a reposição destes dias parados.
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Ademir  08.09.15 19h19
Como tem direito a Greve, e mesmo sendo ilegal pois foi dado até demais em aumento, agora fica o acerto da Prefeitura nos salários e benfeitorias, e do outro lado o prefeito cobrar mais empenho dos educadores e mandar embora os ruins que fingem que trabalham e fazem um desserviço à sociedade cuiabana, pagar para quem vale e rua para quem não trabalha decentemente, simples a conta, de ambos os lados!!!
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