O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) denunciou, nesta segunda-feira (18), a falta de organização da Prefeitura de Cuiabá em completar as escalas médicas de plantão para atender a população nas UPAS e Policlínicas da capital.
Segundo o sindicato, a Prefeitura exonerou vários médicos, mas não teve agilidade para suprir a necessidade das UPAs e Policlínicas, deixando “furos” nas escalas de plantão.
O presidente do Sindimed-MT, Adeildo Lucena, disse que escalas incompletas nas unidades não são novidade, mas que escalas com nomes de médicos já exonerados é "no mínimo surpreendente".
“Tivemos acesso às escalas incompletas e ficamos chocados com o elevado número de falhas. Existem unidades com demandas altíssimas, onde deveriam ter três médicos para ser possível dar um atendimento de qualidade aos pacientes, mas normalmente tem apenas dois médicos, sendo que em muitos casos somente um médico está escalado", disse ele.
Luiz Alves/Secom-Cuiabá
O prefeito Emanuel Pinheiro: caos na Saúde de Cuiabá
"Isso gera sobrecarga de trabalho, desgaste do profissional o que causa prejuízo incontestável para a população assistida. O médico é um trabalhador que carrega uma responsabilidade muito grande no seu cotidiano e nada mais justo que ter estabilidade no exercício da sua profissão, acrescentou.
Lucena afirmou que o sindicato cobra desde a primeira gestão de Emanuel Pinheiro, mas que mesmo assim não deu andamento ao concurso público para o setor.
“Entramos com uma ação para obrigar a prefeitura a publicar todas as escalas de plantão no Portal Transparência, mas até agora não houve o cumprimento da sentença judicial”, disse Lucena.
Adeildo alertou que o sindicato tem recebido diversas reclamações de médicos que estão atuando na rede municipal de Cuiabá de que além das escalas incompletas, os emergencistas tem dificuldade para transferirem os pacientes para hospitais que tem os leitos de retaguarda para abrigar os pacientes após estabilização do quadro.

“O que o Emanuel fez foi transferir os problemas do antigo Pronto Socorro de Cuiabá para as UPAs e Policlínicas, que hoje funcionam com escalas incompletas e acima da capacidade instalada. Sem leitos de retaguardas suficientes, que é um velho problema em Cuiabá, e muitas unidades tem superlotação com pacientes nos corredores”, afirmou.
Outra dificuldade apontada pelo Sindimed para a gestão completar as escalas são os pagamentos dos plantões extras.
Acontece que o pagamento desses plantões demoram três meses para serem pagos e por esse motivo os médicos não estão aceitando encarar uma jornada de mais 12 horas de trabalho para receberem três meses depois.
“Está na hora do governo municipal obedecer a Constituição Federal e realizar o concurso público na Capital para que os direitos tanto dos médicos quando da população sejam respeitados. O médico tem direito a uma carreira estabilizada com plantões pagos, condições de trabalho e a população a atendimento de qualidade quando procura a rede pública”, completou
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2 Comentário(s).
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| alexandro coelho 18.04.22 20h59 | ||||
| No bairro São João del Rey em cuiabá, já se faz aproximadamente quatro meses que não tem consulta médica por falta de médico, inclusive já levei o caso ao Ministério Público Estadual para tomar as devidas providências. | ||||
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| thiago nogueira 18.04.22 11h42 | ||||
| Bom dia, Nossos ilustres vereadores devem estar preocupadíssimos com tais situações, pois nao fazem absolutamente nada, pra que esse numero de vereadores? pra dar despesa? pelo amor de Deus gente tomem vergonha na cara e trabalhem pra quem os colocou ai como representantes... | ||||
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