Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
PORTÃO DO INFERNO
18.08.2022 | 17h44 Tamanho do texto A- A+

Sobrevivente quer recomeçar a vida e não descarta voltar a dirigir

O motorista Daniel Francisco Sales, de 65 anos, ficou três meses internado em hospital de Cuiabá

Reprodução

O motorista Daniel Francisco Sales (detalhe), que recebeu alta

O motorista Daniel Francisco Sales (detalhe), que recebeu alta

GUSTAVO CASTRO
DA REDAÇÃO

No dia 4 de maio deste ano, o motorista Daniel Francisco Sales, de 65 anos, viu a sua vida mudar. Motorista há décadas, não podia imaginar que ao passar pela curva do Portão do Inferno, na MT-251, em Chapada dos Guimarães (distante a 65 km de Cuiabá), sofreria um acidente que quase tirou sua vida.

 

O caminhoneiro perdeu o controle do veículo carregado de galão d’água e caiu no precipício. Lá, permaneceu por cerca de quatro horas à espera do resgate. O caso ganhou repercussão nacional e foi considerado um “milagre de Deus”. 

 

Na segunda-feira (15), após três meses internado no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), seu Daniel recebeu alta. Ao voltar para casa, ele agradeceu a recuperação e o começo de "uma vida nova". 

 

“Se estou aqui, é a mão de Deus que me amparou, porque caso contrário, não tinha como. Estou esperto, me recuperando. De agora para frente, é uma nova vida”, contou em entrevista ao Programa SBT Comunidade.

 

Ao todo, seu Daniel ficou 114 dias internado, sendo 45 em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde passou por seis cirurgias. Um dos ferimentos mais graves foi na perna direita, que, no momento do acidente, ficou presa às ferragens.

 

Na reportagem, Daniel ainda relembrou o fatídico dia e comentou sobre os momentos que sucederam a sua queda.

 

“Quando eu caí, escutei uma voz de alguém perguntando para mim se tinha alguém vivo. Eu falei: ‘Tem, tem eu’. Aí um homem ainda falou: "Não dorme, vou chamar ajuda’”.

 

O socorro veio pelo céu. Um helicóptero do Centro de Integração de Operações Aéreas (Ciopaer) foi acionado e resgatou Daniel.

 

O capitão Alexssandro Marcondes Freitag, piloto do helicóptero que atendeu a ocorrência, também disse não acreditar na possibilidade de Daniel estar vivo diante daquela situação. Para ele, resgatar a vítima com vida foi um acontecimento “inacreditável”, um verdadeiro “milagre de Deus”.

 

“A gente não acreditou. Mas, pela benção, na hora que os bombeiros chegaram e acessaram o senhor, dizendo que ele estava vivo, a gente pensou que tinha então que ir o mais rápido possível”.

 

“A palavra que eu descrevo é inacreditável, é um milagre, na verdade”, pontuou Freitag.

 

Agora, tudo o que Daniel quer é recuperar o tempo perdido e trabalhar. Ele, inclusive, não descarta voltar a dirigir.

 

“Vou voltar a trabalhar, se Deus quiser, e dirigindo”, finaliza.

 

Veja:

 

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