Cuiabá, Sexta-Feira, 8 de Agosto de 2025
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Agecopa nega atraso em obras e descarta exclusão

Órgão garante cumprimento de prazo; obras de construção do novo Verdão começam hoje

Secom - MT

Sachetti garante que prazo para início das obras do novo Verdão são cumpridos

Sachetti garante que prazo para início das obras do novo Verdão são cumpridos

RAFAEL COSTA
DA REDAÇÃO

O presidente da Agência Estadual da Copa (Agecopa), Adilton Sachetti, encaminhou, na sexta-feira (23), um ofício ao ministro dos Esportes, Orlando Silva, informando que Cuiabá está cumprindo todos os prazos estabelecidos pela Fifa e que dará início as obras da Arena Multiuso - Novo Verdão nesta segunda-feira (26).

Sachetti informou o ministro que a cidade de Cuiabá, por meio de medidas tomadas pelo Governo de Mato Grosso, apresenta "o mais absoluto rigor quanto à observância dos prazos assinalados pela Fifa".

Ele lembrou, por exemplo, que, no dia 30 de março de 2010, o Governo homologou o processo licitatório em que sagrou-se vencedor o Consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior, para a construção da nova Arena Multiuso denominada "Novo Estádio Verdão".

Ameaça

No dia 20 de abril, foi assinado contrato entre a Agecopa e o consórcio e expedida a Ordem de Serviço para o início da construção da nova Arena. E, nesta segunda-feira, serão iniciadas as obras, conforme estabelece o cronograma físico-financeiro do contrato.

Na sexta-feira, o ministro Orlando Silva alertou para a existência de um suposto "Plano B" do Governo Federal para o atraso das obras de construção dos estádios para o Mundial do Brasil: a exclusão de cidades sedes do torneio.

"Posso assegurar que, se a cidade não cumprir o prazo de início de obras de 3 de maio, passa a ter o risco de exclusão da Copa. A decisão de fazer a Copa em 12 cidades foi do presidente Lula, para que todas as regiões do Brasil pudessem receber jogos, mas a Fifa só precisa de oito cidades, porque são oito os grupos de seleções. Então, nosso plano de contingência é eliminar cidades que não consigam cumprir os prazos", afirmou o ministro, em entrevista ao portal de notícias R7.

O Brasil definiu 12 cidades como sedes da Copa do Mundo de 2014, mas algumas estão com o cronograma de obras atrasado, o que causa preocupações na Fifa e no Governo federal.

Garantias

No ofício enviado ao Ministério do esporte, Adilton Sachetti destacou que Cuiabá vem cumprindo todos os requisitos da Fifa e não haveria por que ser excluída, já tendo assegurado, inclusive, recursos estimados em R$ 1 bilhão para o novo estádio e para as obras de mobilidade urbana e infraestrutura de transporte coletivo.

Durante a assinatura do contrato com a Agecopa, na terça-feira (20), o diretor da Construtora Mendes Júnior, Fernando Linhares, confirmou que a movimentação começa nesta segunda-feira (26), com os trabalhos topográficos, a montagem do canteiro de obras, com os primeiros equipamentos e início do processo de seleção de mão-de-obra. Segundo ele, o canteiro da obra contará com pelo menos 800 profissionais.

Temor da CBF

Em entrevista ao site Gazeta Esportiva, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, revelou temer que a Copa do Mundo de 2014 sofra "sérios problemas", se as obras para construção dos estádios e de infraestrutura não começarem nas próximas semanas.

"Se elas não começarem até o começo de maio, passaremos por sérios problemas", disse o mandatário do futebol nacional, na semana passada, durante cerimônia na Academia Brasileira de Letras (ABL), em que também estiveram presente o técnico da Seleção Brasileira, Dunga, e João Havelange, ex-presidente da Fifa.

Quando questionado se os atrasos nas obras da Copa do Mundo poderiam reduzir o número de cidades-sedes de doze para dez, Teixeira foi enfático e disse que não tratará do assunto antes do decisivo dia 3 de maio.

"Não falo sobre hipóteses. Vou aguardar o dia 3", disse o presidente da CBF, que também culpou a crise política vivida por Brasília pelo atraso nas obras do Distrito Federal. O governador José Roberto Arruda havia prometido construir o estádio mais caro da Copa, mas foi afastado do cargo.

As 12 sedes escolhidas pela Fifa são: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Recife, Fortaleza,
Natal e Cuiabá.

O Plano B

Na sexta-feira, o mMinistro dos Esportes, Orlando Silva,  afirmou que havia a possibilidade de atrasos e problemas nas obras causarem a exclusão de pelo menos quatro das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. No entanto, horas mais tarde, o Ministério desmentiu a informação através de nota oficial emitida.

"Possibilidade de exclusão (de sedes) sempre existe. Insisto: o plano da Fifa era construir em 8 cidades. Nós é que insistimos para que fossem 12", afirmou Orlando Silva, segundo a Folha de S. Paulo, durante um fórum de empresários na Bahia. Mais tarde, ele tirou do Ministério a responsabilidade de tomar tal decisão.

"Não há Plano B do Governo Federal para reduzir o número de cidades-sedes da Copa do Mundo 2014. Estádios é assunto entre as cidades, Estados e a Fifa", disse nota enviada pelo Ministério dos Esportes. De acordo com contratos assinados pelo Brasil, a decisão de inclusão ou exclusão de qualquer cidade deve ser tomada pela entidade máxima do esporte.

Orlando Silva vem criticando o atraso na programação de reformas para a Copa do Mundo de 2014. As obras devem ser iniciadas nas cidades sedes até 3 de maio, prazo máximo definido. Há problemas com licitações, financiamentos e projetos - entre eles, o que mais tem causado polêmica é do Morumbi, que não teria condições de receber a abertura do Mundial.




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eduardo grosso  27.04.10 10h13
Fico feliz pelos sul matogrossenses que tanto se interessam pelas notícias da cidade sede da COPA DO PANTANAL, afinal a última notícia a nível nacional que li sobre nosso vizinho de baixo foi sobre o grande morcego encontrado em Corumbá, Cuiabá pode ter seus problemas e ser uma cidade mais feia que a cidade dos tererés, mas soubemos trazer o maior evento esportivo do mundo pra nossa capital, está de bom tamanho pra MS sediar a Copa Futsal da TV Copagás.
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Ricardo  27.04.10 09h32
Do tanto que que se fala desse grupo Agecopa ,já está virando MOAGEcopa.
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JUNIOR MS  27.04.10 08h33
NOTA-SE PORQUE CUIABA DEVERA SER CEDE DE COPA . NAO TERA NENHUMA ESTRUTURA E VAI ACABAR SOBRECARREGANDO O AEROPORTO DE VARZEA. SEM CONTAR QUE QUEM GANHA COM ISSO É CAMPO GRANDE , BONITO , CORUMBA TODAS ESSAS CIDADES TEM AEROPORTOS INTERNACIONAIS. E A ESTRUTURA DE CAMPO GRANDE É BEM MAIS VIÁVEL , TENDO EM VISTA QUE MESMO COM A CRIAÇAO DO MULTIUSO DO VERDAO O MORENAO AINDA CONTINUA SENDO MAIOR. COM POSSIBILIDADES DE 90 POR CENTO DE SEDIAR A COPA DAS CONFEDERAÇOES.LEMBRANDO QUE O AEROPORTO DE CAMPO GRANDE VAI COMEÇAR A SER AMPLIADO A APARTIR DO ANO QUE VEM . TAMBEM COM A CHEGADA DO METRO DE SUPERFÍCIE. MAS MESMO ASSIM CUIABA MERECE A COPA SÓ NAO MERECE A AGECOPA . QUE VAI ACABAR LEVANDO CUIABA PARA O BURACO SE A POPULAÇAO NAO SE REVELAR .PLANETÁRIO? FALA SÉRIO SHUASHUASHUASHUA
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José Pires da Conceição Silva  27.04.10 08h32
Concordo com os comentários anteriores, se a gente for analisar friamente os elementos que integram o Agecopa não dá pra acreditar por seus históricos, é oportuno salientar que, se perdermos essa chance de melhorar nossa querida Capital será o fim da picada!!!
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Nelson Marques  26.04.10 19h47
Quando a escolha é política, só tem que dar nisso. Todos sabemos que Cuiabá, por exemplo, hoje não tem o mínimo de estrutura para sediar uma Copa do Mundo. O Sr. Blairo Maggi é o grande responsável pela escolha de nossa cidade. Agora se ele não intervir na AGECOPA (um belo cabide de emprego para políticos em fim de carreira), os prazos não serão cumpridos. Acorda Blairo Maggi!
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